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Jorge Coelho: “O país tem memória e rejeita o regresso ao passado”

Jorge Coelho: “O país tem memória e rejeita o regresso ao passado”

“Nós temos memória. Nós não esquecemos aquilo que foi o passado e aquilo por que passámos todos e que não queremos voltar a viver”, defendeu o antigo ministro e dirigente socialista Jorge Coelho, esta quarta-feira, em Viseu.

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Jorge Coelho: “O país tem memória e rejeita o regresso ao passado”

No comício da campanha socialista realizado na praça da República, em Viseu, Jorge Coelho afirmou que os visienses têm memória dos tempos da crise e do estado em que o país se encontrava há quatro anos.

“Nós não queremos voltar a viver no estado em que Portugal estava há quatro anos”, disse Jorge Coelho referindo-se ao Governo liderado pelo PSD.

Natural de Viseu, Jorge Coelho disse também sentir-se “insultado” quando dizem que Viseu é o “cavaquistão”.

“Não nos chamem nomes. Nós somos viseenses. Aqui não há cá ‘cavaquistão’ nenhum. Nós somos de Viseu”, afirmou, com forte indignação, numa reação às declarações do presidente social-democrata no dia anterior, também em Viseu, onde assim se referiu a este distrito beirão.

O antigo ministro e dirigente socialista sublinhou os resultados da governação socialista e saudou António Costa pelo “aumento das pensões” e pelo reforço dos apoios sociais.

“Num distrito que tem tantas pessoas com pensões, é também importante saudar o primeiro-ministro pelo apoio e pelo esforço que tem feito no sentido de apoiar os nossos reformados”, disse Jorge Coelho.

Isto, avançou, “porque tem havido aumentos de pensões extraordinários e agora, na sequência da melhoria da nossa economia, no próximo ano, todas as pensões vão ser aumentadas acima da taxa de inflação”.

Para Jorge Coelho, foi preciso coragem para aumentar o salário mínimo nacional, recordando que, quando o PS anunciou que iria aumentar progressivamente o salário mínimo, “alguns” vieram dizer: “vão destruir tudo. Vem aí o diabo. Vem aí o desemprego e só vai provocar desgraça”, lembrou.

“O que provocava desgraça foi não ter havido coragem”, acrescentou, numa crítica ao anterior governo da direita, que aumentou o salário mínimo em 10 euros durante toda a sua legislatura, em comparação com o atual Governo do PS, que nestes quatro anos o valorizou em 100 euros.

“Foi preciso coragem para aumentar o salário mínimo, fazendo com que centenas de milhares de portugueses passassem a ter a vida um pouco melhor. É preciso ter coragem para isso. E houve essa coragem por parte do Governo e por parte do primeiro-ministro”, sublinhou.

Segundo Jorge Coelho, parece que os outros partidos, ao contrário do PS, não tiveram “coragem” de realizar ações de campanha na “praça central” de Viseu para dizer “o que lhes vai na alma”, optando por se terem “enfiado dentro de instalações fechadas”.

No final do seu discurso, Jorge Coelho empolgou o comício com as suas palavras de força e de confiança num futuro promissor.

“Cá estou e cá estarei ao vosso lado, a favor do interior e a favor deste distrito [Viseu], a favor das pessoas que me têm dado tantas lições de vida para eu próprio continuar a acreditar que é possível ter um mundo melhor, um país melhor e que é possível ter uma vida melhor”, concluiu Jorge Coelho.