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Ordenar o território florestal é prioridade da reforma apresentada pelo Governo

Ordenar o território florestal é prioridade da reforma apresentada pelo Governo

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, defendeu ontem, numa entrevista televisiva, a importância da reforma florestal proposta pelo Governo, afirmando não ter dúvidas dos seus bons resultados logo que ela entre em vigor.

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Ordenar o território florestal é prioridade da reforma apresentada pelo Governo

Numa entrevista que ontem concedeu a um canal de televisão, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, voltou a defender a proposta de reforma florestal do Governo, sustentando a necessidade de haver um “consenso nacional pluripartidário” sobre esta matéria, “para que não venha um outro Governo qualquer a seguir e reverta tudo o que está a ser feito”, referindo, a propósito, tratar-se de um trabalho para “uma, duas ou três gerações”.

Uma reforma que o governante considera fundamental para que o país possa finalmente dispor de uma floresta mais ordenada e “melhor gerida”, acabando com o flagelo, como salientou, de Portugal ser um dos países europeus onde parte significativa da sua floresta está mais ao abandono.

O titular da pasta da Agricultura lembrou que esta reforma florestal, apresentada pelo Governo, compreende 12 diplomas, sendo que sete foram já publicados em Diário da República, “depois de promulgados pelo Presidente da República”, enquanto os restantes cinco, lembrou ainda o governante, foram entretanto já remetidos oportunamente ao Parlamento, aguardando a decisão dos deputados.

Sapadores florestais

Outro dos assuntos a que Capoulas Santos se referiu nesta entrevista tem a ver com a constituição de novas equipas de sapadores florestais, garantindo o responsável pela pasta da Agricultura que estão na calha 20 novas equipas e o reequipamento de outras 44 já existentes, que foram inicialmente “equipadas por mim há 15 anos”, lamentando, a este propósito, que nos últimos anos não tenham sido dados quaisquer passos significativos para “criar novas equipas de sapadores florestais ou reequipar as existentes”.

E desta política de abandono resulta, como referiu, que as que foram criadas há mais de 15 anos, “quando tive a pasta da tutela entre 1998 e 2002”, trabalhem hoje com um parque de viaturas a “cair de podre”, exatamente “porque nunca mais houve um esforço de investimento”.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural lamentou ainda que das 500 equipas inicialmente previstas há 17 anos, quando se começaram a dar os primeiros passos na criação destas unidades de sapadores florestais, constituídas, cada uma, por cinco elementos e uma viatura todo-o-terreno, apenas existam atualmente 240, o que constitui, como acentuou, “metade do que estava previsto para a legislatura seguinte”.