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Portugal 2020 tem mais 5 mil milhões para investimento das empresas

Portugal 2020 tem mais 5 mil milhões para investimento das empresas

Depois de no ano passado ter havido um aumento do investimento privado no país na ordem dos 9%, no próximo ano, graças à reprogramação do programa Portugal 2020, garantiu ontem o primeiro-ministro, haverá mais 5 mil milhões de euros para investimento.

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Portugal 2020 tem mais 5 mil milhões para investimento das empresas

No périplo que ontem efetuou por alguns distritos e empresas do interior do país, o primeiro-ministro, António Costa, falando em Vila Velha do Ródão, distrito de Castelo Branco, onde se deslocou para presidir à inauguração da nova unidade fabril do setor do papel da Roclayer, depois de defender que é ao “Estado que cabe gerar as melhores condições para que os privados possam investir”, lembrou que o Orçamento do Estado para 2019 é coerente com este princípio, porque propõe a criação de “novas condições” para que as empresas possam continuar a investir, reafirmando que a prioridade do Governo é que esse investimento se faça sobretudo nas empresas situadas nas regiões do Interior do país.

Para António Costa, é necessário que as autarquias compreendam este novo desígnio, ultrapassadas que estão, como aludiu, “grande parte das necessidades básicas das populações”, devendo os municípios concentrar agora a sua atenção na mobilização para o “desenvolvimento económico e social”, e garantiu que na reprogramação do Portugal 2020 há mais cinco mil milhões de euros para que as empresas “possam continuar a investir”, devendo, contudo, como assinalou, fazê-lo nas regiões do Interior, lembrando a propósito que, de toda esta quantia, 1.700 milhões “só podem mesmo ser utilizados por empresas que investam no Interior”.

Só investindo mais e criando mais empresas nas regiões do Interior “é que será possível fixar população”, lembrando António Costa que, se “as infraestruturas são essenciais”, se não houver emprego de qualidade nunca mais “conseguiremos dar a volta” à desertificação exponencial que se tem vindo a verificar nas regiões do Interior, realçando que o país não se pode dar ao luxo de não aproveitar os recursos disponíveis aí existentes.

Interior é enorme oportunidade por explorar

Mais tarde, já no município da Guarda, na visita que efetuou à empresa Coficab, em Vale de Estrela, onde assistiu ao lançamento de um projeto de investimento avaliado em cerca de 38,1 milhões de euros, o primeiro-ministro foi perentório ao defender que o Interior, que vai desde o barrocal algarvio até à fronteira de Trás-os-Montes com a Espanha, não pode ser visto “nem como um fardo, nem como um problema”, sustentando que, pelo contrário, é nas regiões do Interior que “está uma enorme oportunidade por explorar”, fundamentando que quando se verificar um crescimento económico como aquele que o país tem no Litoral, Portugal “terá duplicado a sua capacidade de crescer”.

Ainda segundo o chefe do Governo, para além do investimento direto que tem sido feito nos municípios do Interior, lembrou o primeiro-ministro, o Governo já procedeu à reabertura de mais de 20 tribunais encerrados pelo anterior executivo da direita, avançou com a criação de novas Lojas do Cidadão e “já procedeu a uma primeira intervenção nas portagens”, para além do “grande investimento” na ferrovia, que está já no terreno, designadamente “nas linhas da Beira Baixa e da Beira Alta”.

Em Nelas, no distrito de Viseu, onde também se deslocou para uma visita à empresa Luso Finsa, indústria e comércio de madeiras, o primeiro-ministro defendeu que Portugal tem de saber aproveitar plenamente todos os seus recursos, deixando de “desperdiçar a faixa transfronteiriça de Portugal com Espanha”, até porque o tempo de “termos as costas voltadas a Espanha ficou há séculos atrás”, lembrando António Costa que os dois países são parceiros na União Europeia e estão integrados “num único mercado ibérico”.