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Governo garante reforço das políticas públicas para o sector automóvel

Governo garante reforço das políticas públicas para o sector automóvel

O ‘cluster’ automóvel é “fundamental para o futuro da economia” portuguesa, defendeu hoje em Leiria o primeiro-ministro, reconhecendo a necessidade de uma “maior atenção” das políticas públicas ao sector.

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Governo garante reforço das políticas públicas para o sector automóvel

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje de manhã em Leiria, na sessão de apresentação do estudo sobre a relevância e tendências de futuro da indústria automóvel, que este é um sector muito importante para a economia portuguesa, lembrando que gera uma “cadeia de valor” muito significativa, designadamente, como destacou, quer ao nível do emprego qualificado, quer dinamizando o número de sectores económicos, quer ainda ao “contribuir para o aumento das exportações”, havendo por isso que olhar para a indústria automóvel, “por parte das políticas públicas”, com maior atenção.

Um sector que, na opinião do primeiro-ministro, incorpora ainda a mais-valia de ser um importante incentivo para o desenvolvimento da “capacidade de inovação e de desenvolvimento e conhecimento em Portugal”, referindo serem estas boas razões para que a “primeira política pública” que é “essencial casar com o sector” é a que se destina a “criar boas condições para o investimento”, e a manter uma “boa estabilidade dos equilíbrios macroeconómicos”.

Por outro lado, o primeiro-ministro fez ainda questão de relembrar que a indústria automóvel em Portugal não está só a produzir para os construtores que exercem a sua atividade no país, mas também, “e de forma crescente”, a produzir para a exportação, salientando que áreas como a “automação e a robótica” vão em breve “introduzir desafios” importantes no mercado de trabalho, sustentando a propósito que os paradigmas de mobilidade vão certamente “alterar e desafiar a forma como a indústria se tem vindo a organizar”. 

Novos desafios que, segundo António Costa, são especialmente dirigidos “à produção de conhecimento”, perante “as exigências da pegada ecológica”, mas também como consequência da necessária e exigível melhoria dos níveis de “segurança e da conectividade”, aspetos que na sua perspetiva “apelam ao esforço de investigação e desenvolvimento”.

Para o primeiro-ministro, estes não são contudo desafios para serem enfrentados com grandes “receios ou dúvidas”, mas antes com determinação e vontade de os resolver, defendendo que Portugal tem de começar a olhar para 2030 apostando mais, neste como em outros sectores da economia, na inovação e na qualificação dos seus recursos humanos.

Melhorar as infraestruturas

Para além de ter garantido que em 2018 haverá “maior atenção” das políticas públicas para o sector automóvel, o primeiro-ministro anunciou ainda que também as infraestruturas de Portugal serão beneficiadas com novos e importantes investimentos públicos, medida que tem em vista, como declarou, garantir um maior “reforço competitivo” do país, quer a nível do mercado externo, quer a nível da coesão interna, lembrando António Costa, a este respeito, a execução dos dois corredores ferroviários de ligação à Europa, o corredor que liga Aveiro a Vilar Formoso e o corredor sul, de Sines ao Caia, ou ainda o troço ferroviário de ligação à Galiza.

O primeiro-ministro recordou ainda a vertente portuária, onde, como lembrou, “houve significativos investimentos” públicos, designadamente, em Sines e em Leixões, ou ainda no porto de Lisboa, investimentos que, na sua opinião, são fundamentais para “assegurar a boa internacionalização deste sector de atividade”.