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Entendimento à esquerda está a correr bem e é para cumprir

Entendimento à esquerda está a correr bem e é para cumprir

Em entrevista à rádio Renascença, Carlos César assegurou que os entendimentos à esquerda “estão a correr bem”, sustentando que os compromissos políticos assinados perfazem um conjunto de medidas importantes para o futuro do país, recordando que muitas das medidas acomodadas nos acordos fazem parte integrante do património programático do Partido Socialista.

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Entendimento à esquerda está a correr bem e é para cumprir

O presidente do PS deu ontem uma entrevista ao programa “conselho de diretores” na rádio Renascença, onde defendeu que o acontecimento político com maior destaque ocorrido em Portugal em 2015 foi o acordo parlamentar que o PS estabeleceu com os partidos à sua esquerda.

Quanto ao futuro, e sobre eventuais acordos com o PSD, Carlos César foi perentório ao afirmar que ninguém hoje pode dizer de ciência certa o que será o PSD pós-Passos Coelho, lembrando que o PS “não anda num namoro com uma criatura e a piscar o olho a outra”.

Garante que os acordos à esquerda “são para cumprir”, que “estão a correr bem”, e que constituem compromissos políticos para a “realização de um conjunto de medidas importantes”.

Afirmando que um dos principais objetivos é o cumprimento do défice, o presidente do PS garantiu que o Governo liderado por António Costa já estava preparado para todas as eventuais surpresas herdadas do passado, e que os sobressaltos com que se deparou apenas vieram “revelar” aquilo que o PS de facto sabia que se passava, não deixando contudo de mencionar que as dificuldades no sector financeiro “são e serão enormes”.

Confirmando que o PS estava à espera de casos difíceis para gerir, Carlos César destacou a este propósito o “delicado processo do Banif “ ou ainda a evolução do défice e a impossibilidade de serem atingidos os 2,7% defendidos pela direita.

Sobre os processos que envolvem a reversão dos transportes públicos de Lisboa e do Porto, o líder parlamentar e presidente do PS refutou que os socialistas se debatam com “qualquer dependência do PCP ou da CGTP”, sustentando que o procedimento que está a ser seguido pelo Governo “constava já do nosso programa eleitoral”.

A propósito do programa de Governo que o PS apresentou aos portugueses, e apesar de algumas divergências de percurso que devem ser encaradas “num plano essencialmente metodológico”, Carlos César garantiu que “não seria substancialmente diferente” mesmo que não tivesse havido a assinatura dos acordos com os partidos à esquerda do PS, dando como exemplo o que foi “aprovado para executar nos próximos orçamentos de Estado”.

Passos Coelho revela “conversa de tanga”

Sobre a prestação de Passos Coelho no encontro de ontem em Bruxelas na reunião do Partido Popular Europeu (PPE), o chefe da bancada parlamentar do PS criticou o presidente do PSD por ter pedido aos seus parceiros do PPE “moderação” em relação ao novo Governo português, classificando esta atitude como “conversa de tanga”, evocando que Passos Coelho ao ter agora pedido “compreensão” ou moderação ao PPE face à situação política portuguesa, é o mesmo Passos Coelho que há quinze dias andava de braço dado com Paulo Portas a promover um “levantamento de rancho contra o Governo português” e a acusar o primeiro-ministro António Costa de liderar um Governo “ilegítimo”.