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Portugal saúda acordo para travar aquecimento global

Portugal saúda acordo para travar aquecimento global

Portugal está satisfeito com o acordo para o clima, obtido em Paris, afirmou o secretário de Estado do Ambiente, realçando que o documento chama todos os países a contribuir de uma forma legalmente vinculativa.

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Portugal saúda acordo para travar aquecimento global

“O acordo de Paris é considerado um caso de sucesso e a União Europeia felicitou muito os resultados obtidos”, declarou Carlos Martins, no final da conferência das Nações Unidas para o clima (COP21) que culminou com consenso acerca da redução de gases com efeito de estufa e do financiamento à adaptação às mudanças.

Para Carlos Martins, há agora um “trabalho exigente pela frente, as metas são ambiciosas”, mas todos estão conscientes de que é mesmo necessário atingir os objetivos “porque é disso que depende o futuro da humanidade”.

O secretário de Estado do Ambiente referiu-se também ao mecanismo, que classifica de “bastante importante”, para avaliação dos contributos de cinco em cinco anos, o que “vai permitir avaliar ações e financiamentos e trazer transparência ao processo”.

“Este foi um grande progresso e, seguramente, fazendo o caminho [para] alguma coisa menos bem conseguida, o tempo dará oportunidade para a corrigir”, considerou Carlos Martins, realçando ainda o trabalho da presidência francesa e a coesão entre países europeus, assim como “uma certa liderança, pelo menos em matéria de ambição, em que os objetivos europeus estão retratados no acordo”.

Acordo universal a partir de 2020

Recorde-se que depois de duas semanas de negociações, 195 países reunidos em Paris, na conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP21), assinaram o primeiro acordo universal de luta contra as alterações climáticas e o aquecimento global.

Países desenvolvidos e em desenvolvimento comprometeram-se deste modo a caminhar para modelos económicos que reduzam as emissões de dióxido de carbono e gases com efeito estufa.

O Presidente francês, François Hollande, anfitrião da conferência, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, foram algumas das personalidades que saudaram de forma efusiva o corolário de mais de vinte anos de cimeiras do clima e de um esforço diplomático sem paralelo desenvolvido no último ano.

No acordo legal universal contra as alterações climáticas listam-se várias medidas vinculativas a longo prazo para conseguir limitar a subida da temperatura a dois graus no final do século.

Deverá ser aplicado a partir de 2020 e pôr termo ao conflito entre países ricos e pobres sobre como travar o aquecimento global.

A aplicação do acordo supõe reduzir ou eliminar o consumo de carvão, petróleo e gás como fontes de energia, um modelo que move as sociedades humanas desde o século XVIII.