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Moção de rejeição da direita será de confiança no Governo

Moção de rejeição da direita será de confiança no Governo

A moção de rejeição que PSD e CDS levam a votos no Parlamento contra o Governo é uma tentativa de criar dificuldades à elaboração do próximo Orçamento do Estado, testando a estabilidade do acordo entre o PS, PCP, BE e PEV.

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Na rubrica semanal “Cara, Conta, Caso” da TVI24, Fernando Medina resumiu desta forma a estratégia da direita que, afirmou, tem como “único fim a convocação de eleições antecipadas” no próximo ano.

“Eles [PSD e CDS] têm a expetativa que António Costa tenha dificuldades na elaboração do Orçamento [do Estado], com o andamento da economia, e que tenha dificuldades, por isso, com os parceiros à esquerda. Esperam que isso se reflita na imagem do Governo na opinião pública, e que isso crie um espaço político para que um novo Presidente da República convoque eleições antecipadas a partir de abril do próximo ano”, explicou o secretário nacional do PS, para quem “a consequência imediata vai ser o contrário do que os partidos da direita pretendem”.

Segundo Fernando Medina, esta estratégia pode trazer mais prejuízos do que benefícios para os partidos liderados por Passos Coelho e Paulo Portas, porque passar meses a dizer “eu não dialogo, não aprovo, não proponho porque o governo é ilegítimo”, vai levantar questões sobre a utilidade destes partidos na Assembleia da República.

Acima de tudo, apontou, “os portugueses querem ser governados e bem governados”, mais do que “alimentar disputas de natureza político-partidária, que já tiveram o seu tempo e já foram resolvidas”.

Fernando Medina concluiu que “António Costa vai ter a sua primeira moção de confiança aprovada sem ter tido que a apresentar, e isso vai reforçar o apoio dos partidos”.