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Terrorismo desafia o espírito de Schengen

Terrorismo desafia o espírito de Schengen

União em torno do combate ao terrorismo, na Europa e fora dela, é o apelo lançado por Jacques Delors e António Vitorino, num artigo publicado no diário “Público”, no qual também defendem o uso pleno do instrumento “Schengen”.

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Terrorismo desafia o espírito de Schengen

No texto, que também é subscrito pelos membros do Comité Europeu de Orientação 2015 do Instituto Jacques Delors, os autores defendem ser urgente e necessário “unir-nos para combater a ameaça terrorista”, frisando eu “os refugiados são vítimas, não são ameaças” e defendendo que “os europeus são suficientemente fortes para garantirem de forma duradoura o seu acolhimento e a sua integração”.

E, para melhor enfrentar o desafio terrorista, afirmam os autores, “é preciso utilizar plenamente o instrumento Schengen”, uma vez que este acordo implica cooperação policial e judicial, sendo, por isso mesmo, um espaço de “mais liberdade e mais segurança”.

Assim, Delors e Vitorino afirmam também que “os cobardes e chocantes ataques terroristas” exigem “soluções europeias e internacionais”.

Esta passa por dar meios financeiros, humanos e jurídicos suplementares às polícias, justiça e serviços de informações no âmbito de uma cooperação alargada.

E, se as regras de Schengen preveem o regresso temporário aos controlos das fronteiras nacionais em período de crise, Jacques Delors e António Vitorino avisam que “não é do interesse de ninguém que se eternizem”, apontando custos económicos e financeiros “exorbitantes”, sem benefício efetivo da segurança no espaço europeu.

“Unamo-nos, pois, face aos novos desafios, num espírito de cooperação e de solidariedade – para que que Schengen viva!”, concluem.