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PS é o referencial de estabilidade que Portugal precisa

PS é o referencial de estabilidade que Portugal precisa

O que está em causa nestas eleições é o futuro das famílias e das empresas, alertou António Costa no grande comício de ontem em Santa Maria da Feira, onde acusou o Governo PSD/CDS de ter traído a palavra dada aos portugueses na campanha das legislativas de 2011.

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PS é o referencial de estabilidade que Portugal precisa

Considerando a coligação da direita “esgotada”, António Costa advertiu que seria uma “tragédia” e uma “aventura” retirar Portugal da zona euro, numa referência indireta à tese que tem sido defendida pelos partidos à esquerda do PS, recordando que, apesar de a integração do país na moeda única implicar o respeito por um conjunto de regras, tal não invalida, como garantiu, que muitas dessas normas não possam ser “adaptadas às necessidades da economia portuguesa”.

O líder do PS apelou depois à “libertação dos portugueses” deste “ciclo de mais do mesmo”, acusando os partidos do atual Governo da direita de apenas defenderem a reposição dos cortes salariais dos trabalhadores da Função Pública no final da próxima legislatura, e o mesmo quanto à devolução da sobretaxa do IRS.

O Secretário-geral socialista garantiu depois que o PS não deixará cair o país no caos caso vença sem maioria absoluta, justificando que o programa eleitoral do PS contém as propostas políticas e as “soluções necessárias” para haver governabilidade, recordando que os socialistas sempre foram um “referencial de estabilidade no sistema político português”.

Não deixou contudo de reiterar, por outro lado, que um Governo de maioria absoluta do PS não “dispensará o diálogo político e social”, salientando que o Partido Socialista “tem dado provas suficientes”, ao longo de mais de quatro décadas de democracia, de ser um partido que sabe “abrir e lançar pontes”, mobilizando o diálogo com todas as forças políticas e sociais.

Falando das sondagens, António Costa frisou que, no domingo, cada português vai finalmente poder escolher o “caminho do país e o Governo que quer para Portugal”, sendo este o momento, como realçou,“ em que cada um dos votos é decisivo para o resultado final”, derrotando a coligação de direita e dando assim uma “grande vitória ao PS”, o único partido, como realçou, que está em condições de afastar a direita do Governo.

Criticou a coligação PSD/CDS pela insistência em apenas olhar para o passado, sustentando que “quem passa o tempo a olhar para o passado não consegue perceber o futuro”, em contraste com o PS, realçou, que tem um projeto voltado para o futuro e uma equipa para cumprir o programa que apresentou aos portugueses e que foi “avaliado e com contas feitas”.

Uma atuação trapaceira

Antes do Secretário-geral do PS, falou o cabeça de lista pelo distrito de Aveiro, Pedro Nuno Santos, que elogiou António Costa, afirmando que “nunca o PS se tinha apresentado a umas eleições legislativas com um candidato tão bem preparado”, considerando que seria um “erro trágico e um desperdício” que os portugueses não aproveitassem a oportunidade de ter o “melhor e mais bem preparado para governar Portugal”.

Quanto a Passos Coelho e Paulo Portas, o dirigente socialista deixou duras críticas, acusando-os de passarem os dias a fazer novas promessas sem contudo terem dito até agora quanto é que essas promessas “vão custar aos cofres do Estado”. Pedro Nuno Santos lembrou que tal só é possível “porque não quantificaram nada no seu programa”, garantindo que “aventura e experiência” foi o que o país viveu nos últimos quatro anos.

Acusou depois a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, de ter feito exatamente o mesmo na Parvalorem que fazem os “banqueiros trapaceiros”, quando tentam “sobrevalorizar ativos”.

Pedro Nuno Santos criticou a titular das Finanças por ter pedido à empresa pública Parvalorem, que ficou a gerir os ativos de má qualidade do ex-Banco Português de Negócios, que mexesse nas contas de modo a que revelassem um cenário de perdas mais otimista, reduzindo assim os prejuízos.

Uma decisão que o dirigente socialista classificou como de “enorme gravidade” e que só pelo facto de o país estar em plena campanha eleitoral, se justifica que “não tenha tido repercussões no dia seguinte”.

Para Pedro Nuno Santos, esta trapalhada da ministra das Finanças assume um caráter “demasiado grave” para que os portugueses deixem passar ao de leve esta matéria, lembrando que é da “credibilidade do Estado, de um Governo, de uma ministra das Finanças e de um primeiro-ministro que estamos a falar”.

Para o dirigente socialista, depois de quatro anos do Governo do PSD/CDS terem “destruído emprego e degradado os serviços públicos”, estas eleições representam “a batalha das nossas vidas”.