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A troica só sairá de Portugal quando este Governo acabar

A troica só sairá de Portugal quando este Governo acabar

A coligação de direita, que governou Portugal nestes últimos quatro anos, “traiu” os que nela votaram, disse António Costa no Funchal.

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A troica só sairá de Portugal quando este Governo acabar

Diante uma vasta plateia de militantes e simpatizantes, o líder socialista sustentou que a coligação PSD/CDS, para além de não ter cumprido com as promessas que fez nas últimas eleições legislativas de há quatro anos, falhou nos dois principais objetivos: na redução da dívida, que “em vez de diminuir, aumentou”, e no objetivo de por a economia a crescer.

António Costa chamou a atenção para o facto de a coligação de direita ter tido, ao longo desta legislatura, condições únicas de governação, já que contou com uma maioria na Assembleia da República, “um Presidente da República da sua cor política”, tendo mesmo contado, como lembrou, “durante muito tempo”, com a “compreensão do PS relativamente a medidas que era necessário serem tomadas”, para além da complacência da generalidade dos portugueses que “percebiam que era necessário corrigir alguns erros que tinham sido cometidos”.

Para além de ter desperdiçado estas condições ímpares para poder governar e andar com o país para a frente, disse o líder do PS, este Governo “andou treze anos para trás”, ficando na história como sendo o primeiro que vai entregar ao próximo Executivo um país “mais pobre do que aquele que recebeu”.

Para o líder socialista, é tempo de acabar com a actual situação de descalabro da economia e da galopante destruição das condições sociais dos portugueses criada pelas políticas da direita que destruíram a confiança, o bem-estar dos portugueses e a saúde das empresas.

António Costa lembrou a propósito que só o PS está em condições políticas de poder inverter este cenário, evitando a continuação do mesmo caminho, defendendo que o que está em causa nas eleições do próximo dia 4 de outubro, “não é só saber se é este ou aquele o primeiro-ministro que será eleito”, mas em que “sociedade queremos viver”.

Numa sociedade onde a aposta passa pelo investimento no conhecimento e na inovação, no respeito pelas pensões de quem trabalhou toda uma vida ou numa sociedade onde a prática corrente são os cortes nos salários e na precarização das relações do trabalho.

O país, sustentou ainda António Costa, enfrenta a necessidade de, “uma vez por todas”, por termo à presença da troica e a esta política de direita, “derrotando a coligação e dando a vitória ao Partido Socialista”.

Insistindo que a troica só sairá de Portugal “quando este Governo acabar e a direita for posta na rua do governo da República”, o Secretário-geral do PS acrescentou ainda, numa alusão às autonomias políticas da Madeira e dos Açores, que “as regiões não são um problema, mas uma riqueza nacional para o futuro do país”.