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Coligação apresentou um saco cheio de palavras

Coligação apresentou um saco cheio de palavras

Um programa eleitoral que não tem as contas feitas não passa de “um saco cheio de palavras”, afirmou o Secretário-geral do PS, António Costa, reagindo ao programa eleitoral da coligação. Trata-se de “uma mão cheia de nada”, que apenas revela o radicalismo ideológico e a “fúria privatizadora” deste Governo.

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Coligação apresentou um saco cheio de palavras

António Costa acusa a coligação de direita de tentar enganar os portugueses com o programa eleitoral que ontem apresentou, lamentando que a atual coligação antes ainda de ter cumprido as promessas que fez na última campanha eleitoral, já esteja a fazer novas promessas.

Enganar os portugueses não é o melhor caminho. O primeiro-ministro, diz António Costa, acha que pode voltar a fazer uma campanha eleitoral a “tentar enganar todos como fez há quatro anos e que as pessoas se deixam de novo enganar”.

“É extraordinário que quem governou estes últimos quatro anos”, insiste o líder do PS, se apresente agora “como se fosse oposição a quem governou”, depois de ter privatizado tudo o que havia para privatizar.

O que a direita nos vem agora dizer, salienta o líder do PS, é que na próxima legislatura, caso viesse a ganhar as eleições, iria prosseguir com a mesma “fúria privatizadora”, atacando os serviços púbicos, a “começar pela Segurança Social”, e insistir com as políticas de “desresponsabilização do Estado e com a continuação da austeridade”.

Quanto à promessa de não fazerem novos cortes nas pensões, António Costa lembra que “é sempre preciso muita cautela” quando se ouve os responsáveis da coligação falar sobre esta matéria porque “nunca sabemos se o que dizem é revogável ou irrevogável”.

Lembrou a este propósito que o Governo já se comprometeu com a Comissão Europeia, em Bruxelas, por escrito, a fazer um novo corte de 600 milhões de euros nas pensões, algo que na campanha eleitoral de 2011, Passos Coelho tinha prometido não fazer “mas depois cortou-as”.

PS apresentou programa estudado e sustentado

Ao contrário da coligação de direita, que “apresenta um programa de aventura”, realça António Costa, o PS antes de tornar público o seu programa eleitoral, elaborou um cenário macroeconómico sustentado num estudo sério, onde é “aferida a margem orçamental existente para adoção de medidas para os próximos quatro anos”, o que “nos permite conhecer e avaliar quais os impactos de cada medida que consta no programa do PS”, demonstrando que “é possível romper com a austeridade sem romper com o euro”.

O que consta no programa eleitoral do Partido Socialista, garante ainda António Costa, “não são promessas vazias” mas um conjunto de medidas “estudadas e devidamente sustentadas”, o oposto das propostas avulsas anunciadas no programa eleitoral da coligação de direita.