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Eurobarómetro: Portugueses mais confiantes na economia e no emprego

Eurobarómetro: Portugueses mais confiantes na economia e no emprego

O mais recente relatório do Eurobarómetro revela que os portugueses estão mais confiantes na economia e no emprego.
Eurobarómetro: Portugueses mais confiantes na economia e no emprego

A análise dos dados recolhidos pelo Eurobarómetro permite constatar um desanuviamento das preocupações económicas que marcaram a opinião pública portuguesa na última década. A situação económica portuguesa e o desemprego são referidos por menos inquiridos que no passado, sendo atualmente o aumento dos preços/inflação/custo de vida e as áreas da saúde e segurança social as principais preocupações dos portugueses.

Cerca de um em cada três portugueses avalia a situação económica do país de forma positiva e três em cada cinco está satisfeito com a situação financeira da família. Em termos comparativos, Portugal está entre os países em que estas avaliações positivas são menos expressivas, embora se destaque das restantes democracias do Sul da Europa e dos padrões extremamente pessimistas identificados em anos recentes. Em termos de expectativas futuras sobre a economia do país ou a situação financeira familiar, a maioria dos portugueses não antecipa grandes alterações ao status quo.

O desemprego, que no outono de 2016 preocupava 58 por cento dos portugueses, é agora referido por pouco mais de um quarto dos inquiridos (27 por cento). Este facto distingue Portugal de outras democracias do Sul da Europa, como a Espanha, a Itália e a Grécia, em que cerca de metade dos inquiridos sublinha a importância do desemprego, colocando-o em primeiro lugar no ranking dos problemas mais frequentemente mencionados.

Quanto à esfera política, e depois de uma tendência de crescimento que parece ter atingido o seu pico na primavera de 2018, há a reportar uma quebra quer na confiança nos partidos políticos, no governo e no parlamento, quer na satisfação com a democracia.

Quase dois terços dos portugueses afirmam estar satisfeitos com a maneira como a democracia funciona no seu país (figura 2.4). Neste indicador, Portugal posiciona-se bastante acima da média europeia (57 por cento), estando, no entanto, bem afastado das avaliações esmagadoramente positivas observadas na Dinamarca (91 por cento) e da considerável insatisfação na Grécia (26 por cento). A opinião pública portuguesa está, aliás, bastante distante da de outros países da Europa do Sul, sendo a proporção de cidadãos que avaliam o desempenho de forma positiva superior à observada, como vimos, na Grécia, mas também em Itália e em Espanha.

No que diz respeito às atitudes dos portugueses em relação à Europa, o sentimento de cidadania europeia continua a ser prevalecente, e as percentagens de portugueses que confiam na União Europeia e acham que a sua imagem é positiva ultrapassam os 50 %. A maioria dos portugueses rejeita a ideia de que o país poderia enfrentar melhor o futuro fora da União Europeia e está otimista em relação ao seu futuro.

A televisão destaca-se como o media de eleição para os portugueses – é a fonte mais frequentemente citada de informação sobre política nacional e sobre a União Europeia (retratada em quantidade suficiente para a maioria dos inquiridos), e, a par da rádio, o meio que merece mais confiança. Os media são vistos como plurais e metade dos portugueses não considera que existem pressões comerciais ou políticas, embora as opiniões se dividam no que respeita ao serviço público. Os cidadãos nacionais destacam-se da generalidade dos europeus por estarem menos conscientes da exposição a notícias falsas, menos preparados para identificá-las e menos preocupados com este fenómeno.

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