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Ter boas contas é uma boa ideia

Ter boas contas é uma boa ideia

pedro siza vieira

O ministro Adjunto, falando durante o debate do estado da nação, afirmou que o Governo quer uma renovação dos objetivos que estão na base do acordo político que assinou em 2015 com os partidos da esquerda, lembrando que a alternativa seria não só “obscura” e contrária ao interesse dos trabalhadores, como iria dificultar o “combate às desigualdades”.

In Acção Socialista Digital
Rui Solano de Almeida

Para Pedro Siza Vieira, que não se coibiu de dirigir contundentes críticas, quer a PSD, quer ao CDS, e de lembrar aos parceiros parlamentares da esquerda que a política orçamental seguida pelo Governo “não decorre de constrangimentos externos”, como por vezes BE e PCP deixam entender, mas da “circunstância de produzir bons resultados”, a boa gestão financeira foi o que permitiu que em 2018 Portugal “pague menos mil milhões de euros de juros de dívida pública do que se pagava em 2015”.

Uma boa gestão financeira, acrescentou ainda o ministro Pedro Siza Vieira, que permitiu, designadamente, “libertar recursos” para aumentar a despesa no SNS em 700 milhões de euros já este ano, tendo ainda sido possível encontrar margem de manobra para “aumentar os investimentos” na educação ou na ciência, defendendo o ministro Adjunto que ter “boas contas é uma boa ideia”.

Quanto às negociações do Orçamento do Estado para 2019 e a estabilidade política necessária para a próxima legislatura, o governante disse não ter dúvidas de que será possível encontrar “entre as forças políticas de esquerda” as soluções e os caminhos mais adequados para o progresso e bem-estar do país e dos portugueses, referindo que entre PS e os partidos à sua esquerda não há nenhum obstáculo que os impeça de “renovar a ambição de encontrar novos objetivos”, avançando o ministro Adjunto com um conjunto vasto de políticas, desde as da área social às de apoio ao regresso dos jovens emigrantes.

Reafirmando a tese do primeiro-ministro, de que o Governo não dará, em circunstâncias nenhumas, “passos maiores do que a perna”, e que os passos que dá “são cada vez mais firmes e seguros”, sobretudo quando confrontados com as opções “totalmente obscuras” da direita, o governante mostrando-se convicto de que os portugueses sabem distinguir entre políticas que reduziram as desigualdades e tornaram as relações laborais mais justas e políticas que reduziram salários e pensões e agravaram as condições económicas do país.

Quanto à evolução económica e financeira de Portugal, Pedro Siza Vieira referiu que o país “está a crescer acima da média da União Europeia” e que o investimento direto estrangeiro, ao contrário do que diz a direita sem qualquer fundamento estatístico, “atingiu o máximo de sempre em 2017”, reconhecendo que os investidores estrangeiros “não tiveram medo do Governo das esquerdas unidas”, como a direita não se cansava de clamar.