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Mais de metade das habitações foram já reconstruídas

Mais de metade das habitações foram já reconstruídas

O primeiro-ministro, António Costa, visitou esta quarta-feira as obras de reconstrução que estão a decorrer nos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, após o grande incêndio de junho, tendo verificado que cerca de 66% das casas foram já reconstruídas ou estão em fase adiantada de execução.
 
António Costa, que foi recebido com grande simpatia pela população destes três municípios, assumiu que esta tarefa de reconstruir as primeiras habitações que foram parcial ou totalmente destruídas pelos incêndios florestais de junho “é um sinal importante” num momento em que “temos agora uma tragédia que, do ponto de vista material”, acrescentou, “tem uma outra dimensão”, referindo-se aos incêndios de 15 e 16 de outubro.

A este propósito, o primeiro-ministro mencionou que em relação à tragédia que ocorreu em outubro, “segundo o último levantamento efetuado”, existem mais de 800 casas de primeira habitação que foram afetadas, o que para o chefe do Governo significa a necessidade de redobrar e de ampliar o esforço que tem vindo a ser feito, em relação aos incêndios de junho, defendendo que a energia posta na reconstrução de habitações nos municípios do distrito de Leiria “tem agora de ser alargada ao resto do território”, para que todos possam “voltar a viver com mais segurança”.

Para António Costa, o trabalho competente e atempado que foi feito com a reconstrução das casas em Pedrógão Grande e nos concelhos vizinhos, mostra que, ao longo destes últimos quatro meses, foi possível, “graças à solidariedade dos portugueses”, e pela forma como as diferentes instituições se organizaram, “responder positivamente a este desafio”.

Quanto ao modelo de recuperação que vai ser seguido para os territórios afetados pelos incêndios de 15 e 16 de outubro, o primeiro-ministro, depois de garantir que o Governo “já aprendeu muito com os incêndios de junho”, sublinhou que, neste caso, o Executivo que lidera optou por prosseguir com uma estratégia diferente, trabalhando “individualmente com cada um dos municípios”, o que em sua opinião permitiu já encontrar um modelo diferente e uma estratégia mais adaptada a responder eficazmente à realidade sofrida por cada concelho.
 
Olhar o futuro

Para o primeiro-ministro, depois dos incêndios apagados o que importa agora é “reconstruir o território, as casas, a esperança e a condição de vida das pessoas”, garantido que é isto mesmo que o Governo tem estado a fazer e é “isto mesmo que vamos continuar a fazer”, reconstruindo “o que há para reconstruir”, visitando os concelhos atingidos pelos incêndios florestais “com muita regularidade”.
Enquanto governantes, defendeu, a “nossa função é identificar os problemas, arranjar soluções e mobilizar os recursos para que as obras possam ser feitas”.

Na ocasião, António Costa chamou ainda a atenção para o projeto-piloto de revitalização de todo o Pinhal Interior, que abrange o conjunto dos concelhos atingidos pelos incêndios de junho, projeto que esteve em debate público até ao passado dia 21 de outubro, e que vai permitir, passada esta fase, como garantiu, que o Governo e a Unidade de Missão de Valorização do Interior, sediada em Pedrógão Grande, possa concluir esta iniciativa com todos os contributos que recebeu e pô-lo “em execução com os autarcas”.

No que respeita à floresta e à agricultura, o primeiro-ministro lembrou que estão já a ser “disponibilizados os apoios prometidos e necessários”, um trabalho que está a ser desenvolvido em simultâneo com a execução do desenho “que esta floresta tem de ter” de futuro, e que em “nada poderá ser uma floresta igual à que tínhamos”, lembrando ainda António Costa que os planos regionais de ordenamento da floresta “estão a concluir a discussão pública”.

A este propósito, o líder do Governo alertou que os planos de ordenamento, que estão em discussão e que serão uma realidade muito em breve, são um instrumento importante para que renasça uma floresta “devidamente ordenada”, passando a dispor de condições de proteção e de diversidade para que de futuro “possamos ter uma boa floresta” onde nunca mais se reproduzam “acontecimentos semelhantes aos recentes incêndios”.

Nesta deslocação ao distrito de Leiria, onde visitou habitações reconstruídas em Vale Cruz, no município de Figueiró dos Vinhos, Serzedas do Vasco, em Castanheira de Pera e Vale de Nogueira e Moledo, em Pedrógão Grande, António Costa foi acompanhado pelo ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, e pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

In Acção Socialista Digital