António Costa abre Portugal ao Investimento Indiano
“Receberemos de braços abertos” todos os indianos que queiram investir, trabalhar ou viver em Portugal, afirmou o primeiro-ministro, na sua intervenção na sessão de abertura da convenção mundial da diáspora indiana, em Bangalore, capital do Estado de Carnataca, onde foi recebido como convidado especial.
Perante milhares de representantes das comunidades indianas espalhadas pelo mundo, António Costa, que foi um dos distinguidos pelo Presidente da Índia, como membro de honra da diáspora indiana, lembrou a “longa tradição de abertura ao investimento direto estrangeiro de Portugal”, garantindo que o Governo que lidera está em “permanente ação” para criar um “melhor ambiente de negócios”, colocando o investimento estrangeiro no “centro da sua estratégia”.
Portugal, disse o primeiro-ministro português aos milhares de indianos presentes nesta cerimónia, entre os quais muitos empresários, tem uma localização geográfica privilegiada de “acesso aos principais mercados mundiais”, com o mesmo “fuso horário da Irlanda e do Reino Unido”, sendo a sua capital, Lisboa, servida por voos para mais de 120 cidades em todo o mundo, ocupando o país os “lugares cimeiros” nas tabelas sobre qualidade das suas infraestruturas, uma mão-de-obra flexível e produtiva, para além de um “regime fiscal especial para não residentes” e uma população que fala línguas estrangeiras.
Condições e especificidades que, segundo António Costa, criam as condições ideais para que os empresários indianos se interessem por Portugal e aqui queiram investir, lembrando que já muitos indianos vivem e trabalham no país, muitos dos quais, como salientou, alcançaram “grande sucesso” em áreas tão diversificadas como nos negócios, na liderança de câmaras municipais ou enquanto deputados da Assembleia da República, realçando ainda a “cultura de tolerância religiosa” que se vive em Portugal.
Reforçar os laços
O primeiro-ministro português manifestou ainda o desejo que “esta dinâmica da diáspora indiana” possa muito em breve, servir também para “estreitar os laços entre Portugal e a Índia” favorecendo assim, como salientou, o “desenvolvimento das duas nações”, sustentando-se numa relação cultural “já histórica” e no facto de ambos os países apresentarem “características de complementaridade no plano económico”.
Aos empresários, António Costa deixou a garantia de que o seu Governo dará “todo o apoio”, quer às empresas portuguesas que queiram exportar para a Índia, quer às empresas indianas “interessadas em ter presença no mercado português”, não deixando contudo de lamentar, o que considerou ser a actual “incipiência das relações comerciais” entre os dois países, realçando a mais-valia que a experiência empresarial portuguesa poderá representar para a economia indiana, em sectores como no abastecimento de água, no tratamento de resíduos e nas infraestruturas, na indústria de Defesa, mas também na agricultura, na indústria, nas energias renováveis e no contributo que as startups portuguesas também podem dar.
Vistos startups
Num encontro de startups realizado no Instituto Tecnológico de Bangalore, entre jovens dos dois países, António Costa garantiu que o Governo português está a “preparar um “Visto Startup”, destinado a empreendedores indianos e jovens quadros graduados na área das tecnologias de comunicação e informação, o que facilitará, como referiu, a possibilidade de “residirem e iniciarem negócios em Portugal”, apelando aos jovens indianos para que aproveitem os visto para investidores e quadros que o Governo português vai criar, para que se instalem em Portugal, à semelhança do que já fazem em Londres e em Silicon Valley, na Califórnia, nos Estados Unidos da América.
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