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30 anos de integração europeia

30 anos de integração europeia

O primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, são alguns dos oradores da cerimónia que assinala hoje, no Mosteiro dos Jerónimos, os 30 anos da entrada em vigor do tratado de adesão de Portugal à então CEE- Comunidade Económica Europeia.

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30 anos de integração europeia

Uma adesão que teve como principal obreiro Mário Soares, que na sua qualidade de primeiro-ministro assinou a 12 de junho de 1985, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, o Tratado de adesão de Portugal à então CEE.

Três décadas passadas desde a assinatura do Tratado de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, o balanço é claramente positivo em modernização e desenvolvimento do país, mas apresentando ainda diversos desafios sociais, económicos e políticos na sua construção, nomeadamente nos últimos anos.

O país continua empenhado em participar deste grande projeto político, económico e social, sempre acompanhado pelo Partido Socialista, pioneiro e sempre presente nos momentos decisivos deste processo em permanente evolução.

Recorde-se que, com a perda do mercado colonial, o país mantinha uma grande dependência externa e foi nesse contexto que Portugal se aproximou do mercado europeu, pelas mãos de Mário Soares, naquele que foi o terceiro alargamento da comunidade europeia, atual União Europeia.

Depois de oito anos de negociações duras e longas maratonas negociais, Portugal via finalmente a sua integração europeia concretizada.

Há 30 anos, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, o então primeiro-ministro, Mário Soares, falava das oportunidades que a adesão do país à CEE representava em termos de progresso e modernidade, alertando, porém, que não podia confiar-se em que aquela fosse “uma opção de facilidade”.

“A palavra será agora conferida às jovens gerações”, apontava o então também secretário-geral do PS, para quem os jovens teriam de “mobilizar-se para a grande tarefa nacional do desenvolvimento e da modernização”.

Há dez anos, no mesmo lugar, Mário Soares falava com orgulho do “salto espetacular” que permitiu que Portugal recuperasse o seu prestígio na cena internacional e de um atraso de duas décadas, ao mesmo tempo que consolidou a sua democracia.

No entanto, Soares alertou já na altura para os perigos da globalização e de um mundo cada vez mais desregulado, desigual e inseguro.

“A maioria dos responsáveis europeus ainda não quis compreender que há hoje uma ativa cidadania europeia que não aceita mais jogos obsoletos dos grandes interesses e manobras da real politique, ignorando as aspirações populares, alertou.