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10 de junho: tem de existir consciência do valor de Portugal

10 de junho: tem de existir consciência do valor de Portugal

O presidente do Partido Socialista considerou ontem, em Portalegre, que o discurso do Presidente da República no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi “especialmente mobilizador” e apontou que o Estado deve ser capaz de responder a fenómenos como a corrupção e manifestações de abuso de poder.

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“O discurso do Presidente da República é especialmente mobilizador no que toca àquilo que há de bom no nosso país e também é especialmente mobilizador para aqueles que acham que o nosso país precisa de melhorar”, defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que Portugal é muito mais do que fragilidades ou erros, mas advertiu que não podem ser omitidos novos ou velhos fracassos coletivos, nem minimizadas corrupções, falências da justiça ou indignações.

Carlos César alertou que é “muito importante, neste Dia de Portugal”, existir a “consciência do valor” que o país tem e do que o “prestigia no exterior” e “tem corrido bem”.

Segundo o líder parlamentar do PS, é preciso ter consciência “daquilo que tem gerado confiança no nosso próprio país, com os cidadãos, com os investidores”, mas também com aquilo que “tem corrido menos bem”.

“Felizmente, para fenómenos como a corrupção, só a democracia lhes dá resposta, porque em ditadura eles não são reconhecidos e, muitas vezes, nem sequer conhecidos”, sublinhou o presidente da bancada socialista, que explicou que é “numa melhoria da situação social e económica” do país e “das expectativas das famílias e das pessoas que todos” se devem empenhar em Portugal.

“Desde logo cumprindo aquilo com que nos comprometemos quando, a diversos títulos, os políticos se candidatam para o exercício do poder. É muito importante que a melhoria da confiança dos portugueses nos seus eleitos ocorra”, sustentou.

Para que tal aconteça, é “muito importante” que os políticos “melhorem a satisfação dos seus compromissos”, esclareceu. Já o Estado deve ser “capaz de responder a fenómenos como a emergência da corrupção, a manifestações de abuso de poder ou a falhas que os próprios serviços públicos também ainda têm”.

“Estão a acontecer muitas coisas boas” em Portugal, sendo até destacadas no conjunto da União Europeia, devido à “melhoria do crescimento económico e do rendimento disponível das famílias”. No entanto, Carlos César não esquece que o país viveu “um período prolongado de desinvestimento nos serviços públicos” e no Estado. Por isso, “agora é preciso reinvestir com mais capacidade, com mais força e com melhores resultados”, avisou.

“Em todo o caso, eu creio que nós vivemos num país que confia na sua democracia e, se todos esses defeitos e essas insuficiências são conhecidas, é porque vivemos em democracia e não em ditadura”, acrescentou o presidente do PS.