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AD quer que Parlamento lhe passe uma procuração porque não consegue aprovar propostas

AD quer que Parlamento lhe passe uma procuração porque não consegue aprovar propostas

O deputado do PS Miguel Costa Matos acusou a AD de arrogância por querer que “o Parlamento lhe passe uma procuração para fazer o que quer”, sabendo que “não consegue ganhar votações”, e desafiou a coligação de direita a substituir o seu diploma sobre isenção do IMT e Imposto de Selo na compra de casa para jovens até 35 anos por uma proposta de lei que permita diálogo entre os partidos.

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Miguel Costa Matos alertou, durante a discussão da proposta de lei do Governo que autoriza a isenção do IMT e Imposto de Selo na compra de habitação por jovens até aos 35 anos, que teve lugar na terça-feira, que “não podemos cuidar apenas daqueles que já têm casa própria”, e recordou quando, “com o aplauso da AD – dos seus eurodeputados e do hoje ministro das Finanças – o BCE subiu as taxas de juro e apertou uma corda na garganta de milhões de famílias”.

“Há mais casas para comprar do que arrendar”, salientou o socialista, defendendo que é preciso “dar prioridade a apoiar quem não consegue sequer comprar” e que é urgente “regular o mercado de arrendamento para que ele seja controlado e acessível”. “Mas não podemos deixar de apoiar quem quer comprar habitação própria”, admitiu.

Para o deputado do PS, é “óbvio” que “dar uma entrada é um entrave às pessoas que querem comprar habitação”, sendo que “os vários milhares de euros que se paga de IMT e Imposto de Selo representam um acréscimo de dificuldades”.

Miguel Costa Matos comentou depois que, “desde o IRS à habitação, a AD perde votações [no Parlamento] porque quer, porque se acha suficiente, porque se recusa a negociar”.

Ora, “o debate de hoje é a arrogância com uma nova cara. Sabendo que não consegue ganhar votações, quer que o Parlamento lhe passe uma procuração para fazer o que quer”, denunciou o também secretário-geral da Juventude Socialista.

Assim, “o Grupo Parlamentar do PS lança o repto, como prova e testemunha da vossa vontade de diálogo: substituam esta autorização legislativa por uma proposta de lei que permita que aqui, nesta câmara, dialoguemos, negociemos e acordemos este benefício fiscal”, desafiou.

Diploma esbanja recursos com quem mais tem

Miguel Costa Matos alertou, em seguida, que “o Governo quer legislar sozinho, mas a oposição continuará a escrutinar”. E esta proposta de lei do Executivo de Luís Montenegro é mais uma “maneira de esbanjar recursos com quem mais tem”, criticou.

O diploma “dará uma valente borla fiscal a quem compre casas até 633 mil euros”, quando o valor médio da habitação familiar comprada em Portugal é de 210 mil euros, sublinhou.

O deputado do Partido Socialista notou que “esse dinheiro faz falta para construir habitação pública, para apoiar habitação acessível, para apoiar reabilitação de edifícios públicos e privados”.

Numa crítica à atuação do Governo, Miguel Costa Matos alertou que “os jovens precisam de mais do que Powerpoints e novos nomes para programas antigos, precisam de mais do que promessas de pensos rápidos e soluções instantâneas”.

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