home

“Temos de defender uma democracia representativa completa”

“Temos de defender uma democracia representativa completa”

“A arrogância infinita dos que pensam que a Europa é deles, de alguma direita que pensa que para haver democracia só ela pode governar, essa arrogância é que é um perigoso tique antidemocrático. É também contra essa arrogância que temos de defender uma democracia representativa completa”, defende o secretário nacional do PS Porfírio Silva, em artigo publicado no “Diário Económico”.

Notícia publicada por:

“Temos de defender uma democracia representativa completa”

O dirigente socialista responde assim ao que Manfred Weber, presidente do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu, escreveu sobre a situação política em Portugal, sob o título “Populismo Radical”.

Porfírio Silva começa por desfazer equívocos ao clarificar que não procura “refúgios soberanistas”, uma vez que a Europa precisa ser “um espaço político aberto, sem fronteiras para os combates de ideias”, mas não deixar de salientar que, “quando Manfred Weber fala de «atirar pela janela a tradição democrática de Portugal» para comentar o que por cá se está a passar, temos de lhe dizer que por cá temos uma democracia representativa onde as soluções de governo dependem do Parlamento”.

Para o secretário nacional do PS, Weber precisa de “reconhecer a absoluta normalidade democrática da solução política liderada pelo Partido Socialista em Portugal”.

“Com um pouco mais de informação e um pouco menos de enviesamento partidário, seria até talvez capaz de reconhecer o valor do acordo à esquerda em termos de aprofundamento da democracia representativa”, acrescenta, para de seguida desafiar o presidente do PPE a ler o programa de governo do PS, antes e depois dos acordos à esquerda.

“Decerto, lendo-o, verificará que se trata de um programa social-democrata, moderado, à altura das tradições e das responsabilidades da família política socialista no contexto nacional e europeu”, garante, concluindo que “o PS, pelo papel que tem desempenhado e desempenha na democracia portuguesa, não tem lições a receber sobre empenhamento democrático”.