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Governo vai disponibilizar dois mil ME de apoio às empresas

Governo vai disponibilizar dois mil ME de apoio às empresas

Durante este ano de 2018 vão ser canalizados dois mil milhões de euros de apoios para as empresas, uma “meta que é ainda mais ambiciosa” do que a que se registou em 2017, garantiu ontem, no Porto, o primeiro-ministro.

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Governo vai disponibilizar dois mil ME de apoio às empresas

O Governo vai este ano colocar nas empresas dois mil milhões de euros em apoios, uma verba significativamente superior à que o Executivo canalizou o ano passado, visando, sobretudo, como salientou António Costa, no almoço-debate com empresários, que ontem teve lugar na Fundação AEP, no Porto, que sejam as próprias empresas a investir, defendendo o primeiro-ministro que esta decisão resulta do facto de o Governo ter “adquirido grande confiança” na capacidade de iniciativa das empresas, para que sejam elas a “executar esses fundos comunitários”.

Mas se hoje há da parte do atual Governo disponibilidade e políticas sustentadas de apoio às empresas, há dois anos, quando o PS chegou ao Governo, o cenário era bem diferente.

Com efeito, como recordou o primeiro-ministro, quando assumiu funções governativas, em finais de 2015, apenas existiam 15 empresas apoiadas e escassos “quatro milhões de euros de fundos comunitários mobilizados”, algo que foi rapidamente alterado, como lembrou António Costa, tendo na altura o Governo traçado como meta colocar nos 100 primeiros dias 100 milhões de euros de apoio ao investimento, desiderato “que foi totalmente conseguido”.

Já o ano passado, sustentou ainda António Costa, a meta eram os mil milhões de euros, objetivo “que foi alcançado em setembro”, o que permitiu terminar 2017 com “uma execução de 1250 milhões de euros”, facto que se deveu, ainda na perspetiva do chefe do Executivo, à “forte confiança” que os agentes económicos têm vindo a manifestar no clima económico positivo e “às perspetivas da economia europeia e mundial que são favoráveis ao investimento”.

Para António Costa, este “sentimento de segurança e de confiança” por parte dos agentes económicos também é mensurável pela qualidade do emprego que tem vindo a ser criado ao longo destes dois últimos anos, “não só em números absolutos mas igualmente em qualidade”, e isto, como acrescentou, porque cerca de 75% dos 242 mil novos empregos criados em Portugal são “postos de trabalho criados e não contratos a termo”.

Políticas públicas

Para manter e aumentar no futuro o apoio às empresas, criando condições para que possam investir e criar mais postos de trabalho, não é contudo suficiente, na opinião de António Costa, deixar que sejam apenas as empresas a gerir esta dinâmica, devendo o Estado acompanhar estes investimentos “com políticas públicas”, que de algum modo possam também “contribuir para que esses investimentos aconteçam”.

Contudo para o primeiro-ministro, “o grande investimento duradouro” que o país tem de fazer está diretamente relacionado com os seus recursos humanos, defendendo António Costa a este propósito que a competitividade de Portugal deve “assentar, cada vez mais, na inovação e no conhecimento”.