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Deputadas do PS questionam Ministério da Saúde sobre campanha antitabágica dirigida a mulheres jovens

Deputadas do PS questionam Ministério da Saúde sobre campanha antitabágica dirigida a mulheres jovens

Embora reconhecendo a importância das campanhas antitabágicas dirigidas a grupos específicos de maior exposição ao consumo, um grupo de parlamentares do PS questionou hoje o Ministério da Saúde sobre a avaliação do impacto de género da campanha que tem como população alvo as mulheres jovens.

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Deputadas do PS questionam Ministério da Saúde sobre campanha antitabágica dirigida a mulheres jovens

Em causa está a campanha dirigida a este grupo específico, lançada pela Direção Geral de Saúde, que tem por base os últimos dados oficiais que revelam uma diferença significativa de consumo de tabaco entre homens e mulheres, registando-se uma diminuição de 4% face ao ano de 2001 dos consumidores do sexo masculino, enquanto entre as jovens mulheres o consumo aumentou 7% no mesmo período.

Na pergunta, que tem como primeiras subscritoras as deputadas Elza Pais e Edite Estrela, as parlamentares socialistas reconhecem que “as campanhas dirigidas a grupos-alvo específicos são uma das estratégias de prevenção”, contudo, consideram que, neste caso específico, “era fundamental que, dada a transversalidade da mensagem, se cruzassem os conteúdos de prevenção de substâncias nocivas à saúde e os fatores relacionados com questões de Igualdade de género”.

As deputadas recordam que diversas Organizações Não Governamentais “já manifestaram o seu descontentamento relativamente a mensagens que veiculam a disseminação de estereótipos de género”, assim como a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), que fez saber em comunicado que “lamenta, no entanto, a forma utilizada para transmitir esta mensagem, recorrendo a estereótipos discriminatórios, os quais são igualmente prejudiciais à vida das mulheres e dos homens na nossa sociedade”.

As parlamentares do PS questionam o Ministro da Saúde sobre a eventual “revisão dos conteúdos da campanha no que diz respeito às mensagens relacionadas com a veiculação de estereótipos de género antes de ser lançada oficialmente nas Escolas”, bem como se foi feita “ou está prevista alguma avaliação de impacto de género, tendo em conta que a campanha é dirigida a uma população alvo específica, diferenciada em função do sexo”.

As socialistas querem também saber se a CIG foi consultada no processo de preparação desta campanha a CIG e se, em futuras campanhas, a Direção Geral de Saúde pondera “envolver previamente” esta Comissão e o seu Conselho Consultivo, “nomeadamente os/as Conselheiros/as para a Igualdade dos organismos da Administração Pública cujas matérias estiverem em conexão com as temáticas a abordar para integração da perspetiva de género e articulação de conteúdos de forma interministerial”.