Jantar da FAUL conta com António Costa, Jaime Gama e José Sócrates

António Costa, Jaime Gama e José Sócrates participam amanhã no jantar organizado pela Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialista que vai decorrer a partir das 20h30, na Sala Tejo do Parque das Nações.

Esta iniciativa juntará mais de duas mil pessoas e contará também com as presenças dos candidatos do PS ao círculo eleitoral de Lisboa.

Frente-a-frente com Francisco Louçã dominado por incentivo ao voto útil no PS

No debate moderado por Judite de Sousa na RTP, José Sócrates acusou Francisco Louçã de "radicalismo", "extremismo" e espírito "revolucionário", dividindo a esquerda e elegendo os socialistas como principal adversário, em benefício da direita, quando “sem menosprezo pelas outras forças políticas, os portugueses sabem que está em causa uma escolha entre o PS e o PSD”.

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Citando medidas do programa de governo do Bloco de Esquerda como a eliminação de deduções fiscais relativas aos planos poupança-reforma e às despesas com saúde e educação, o secretário-geral do PS rejeitou a proposta bloquista de retirar mil milhões de euros à classe média portuguesa em deduções fiscais, numa posição típica da “esquerda radical”: “É a primeira vez que um partido propõe que se eliminem todos os benefícios fiscais. Não para os ricos mas sim para a classe média”.

No campo das nacionalizações, presentes no programa eleitoral bloquista, José Sócrates afirma que a passagem da banca, seguros e sector energético para o Estado em nada melhorariam a economia portuguesa: “Sabemos como começam as nacionalizações e como acabam: com mais desemprego, empresas menos eficientes e mais pobreza”. O líder socialista interrogou-se ainda se "com essas nacionalizações teríamos mais confiança e haveria mais investimento estrangeiro, ou teríamos empresas menos eficientes, mais pobreza e desemprego".

José Sócrates afirmou que se candidata “com espírito de vitória” e “com o objectivo de ter um projecto politico de resposta à crise e que modernize Portugal, sempre com os pés assentes na terra”.

PS acusa PSD de falta de honestidade política e credibilidade

O porta-voz do PS, João Tiago Silveira, afirmou em conferência de imprensa, que a política de verdade do PSD não tem honestidade política nem credibilidade, e considerou inaceitável que Manuela Ferreira Leite negue a existência de asfixia democrática na Madeira.

"Na política de verdade do PSD não há credibilidade nem honestidade política. É que hoje a Dr.ª Manuela Ferreira Leite, na Madeira, disse que o Governo Regional da Madeira é exemplar e que é um Governo onde não existe asfixia democrática", afirmou João Tiago Silveira, que a partir das declarações proferidas pela líder social-democrata na Madeira, concluiu que, para Manuela Ferreira Leite, o tema da asfixia democrática "tem dias".

João Tiago Silveira apontou depois vários casos polémicos ocorridos na Madeira em termos de respeito pelas liberdades públicas, como o subsídio de 4,6 milhões de euros ao Jornal da Madeira por parte do Governo Regional; o deputado do PND que foi impedido de entrar na Assembleia Legislativa e a não inclusão da Assembleia Legislativa no programa oficial de visita do Presidente da República a esta Região Autónoma.

Os restantes casos ocorridos na Madeira apontados por João Tiago Silveira foram os insultos a deputados da oposição no parlamento regional, o facto de o PSD/Madeira ter interditado a presença de jornalistas no seu congresso  e as críticas de Alberto João Jardim RTP-M, considerada "uma televisão colonial".

O porta-voz do PS defendeu que a líder do PSD tem de esclarecer se estes são ou não para si casos de asfixia democrática na Madeira. "O PS já sabia que falar muito em asfixia democrática servia sobretudo s propósitos do PSD de evitar discutir propostas concretas e os problemas reais do país. Também já sabíamos que a política de verdade era só às vezes".

Segundo João Tiago Silveira, na sequência das declarações de Manuela Ferreira Leite na Madeira, ficou-se igualmente a saber que o tema "da suposta e falsa asfixia democrática em Portugal também tem dias" pois " nem todos os dias a Dr.ª Manuela Ferreira Leite diz o mesmo".

O porta-voz do PS sublinhou ainda que "todos estes casos demonstram que a política de verdade e a asfixia democrática é só quando dá jeito. Só quando dá jeito [ao PSD] não falar de programas, de propostas, levantando-se então insinuações".

PS promove Conferência de Imprensa II

O Partido Socialista promove hoje uma conferência de imprensa sobre um tema político da actualidade.

A conferência, que acontece no Largo do Rato, tem início às 16h e conta com a presença de João Tiago Silveira, porta-voz do Partido Socialista.

José Sócrates critica PSD pela sua arrogância e por querer enfraquecer o Estado Social

No encerramento da Convenção Nacional do PS, José Sócrates afirmou uma das grandes questões em jogo nas eleições legislativas de 27 de Setembro é o Estado social, acusando o PSD de o querer enfraquecer.

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O secretário-geral do PS acusou também o PSD de comportamento arrogante, ao pretender afirmar-se como detentor absoluto da verdade, e de fazer uma campanha a insultar e a colocar em causa a seriedade dos adversários. "Estivemos aqui um dia inteiro a falar com abertura das nossas ideias e propostas. Não ouvi ninguém subir a esta tribuna para lançar suspeições, nem para insultar pessoas, ou pôr em causa a seriedade ou o carácter dos nossos adversários", declarou José Sócrates no início da sua intervenção.

"Não andamos a tentar desqualificar moralmente os nossos adversários para tentar ganhar votos, nem nos presumimos detentores únicos da verdade, com um 'vê' grande, como se na política a verdade fosse uma graça divina concedida a uns e negada a outros; ou como se alguém pudesse ter em exclusivo a patente registada da verdade", defendeu José Sócrates. "Para aqueles que se julgam os únicos detentores da verdade, quero dizer-lhes que o uso e o abuso da verdade como única linha política é o maior sinal de arrogância a que já assisti na vida política portuguesa", declarou.

José Sócrates prosseguiu afirmando que "no dia 27 de Setembro vai-se jogar o futuro do Estado social no nosso país, e nunca como hoje foi tão evidente o projecto de direita para enfraquecer e reduzir o nosso estado social", e defendendo que o PSD utiliza uma "linguagem cifrada, de última hora, para ver se ninguém os entende ou percebe" e disse perceber "lindamente" a "necessidade que alguns sentem a necessidade de disfarçarem nesta campanha o que realmente querem".

Segundo José Sócrates, o PSD "fora do tempo de eleições, defendeu o recuo do Estado social", tendo criticado por exemplo o complemento solidário para idosos e considerado uma irresponsabilidade aumentar o salário mínimo, e "agora, em campanha, preferem falar em código".

Porém, o secretário-geral do PS "decifrou" o que classificou de "meias-palavras" e "agendas escondidas", afirmando que "o que eles querem é pôr os recursos públicos a financiar os serviços privados", "é a privatização parcial da segurança social", o que representa "entregar parte da pensão dos portugueses aos caprichos da bolsa", e "desmantelar o serviço nacional de saúde e desviar dinheiros públicos para financiar o mercado privado da saúde e tratar a saúde como se fosse uma simples mercadoria".

José Sócrates comentou que "o carinho do maior partido da oposição pelo Estado social é tanto que no seu programa eleitoral nem sequer uma vez se referem ao Serviço Nacional de Saúde", uma das "bandeiras" mais agitadas pelos socialistas na convenção nacional. "O Serviço Nacional de Saúde foi vítima de um "apagão" no programa eleitoral do PSD", disse.

O secretário-geral do PS repetiu a ideia de que "nunca o maior partido da oposição esteve tão à direita como agora" e foi "tão adversário do Estado social", razão pela qual elegeu esta como "uma das grandes questões em jogo nas eleições" de 27 de Setembro.

José Sócrates apelou a voto útil no PS em frente-a-frente com Jerónimo de Sousa

No debate televisivo na RTP1, José Sócrates fez apelos ao voto útil nos socialistas junto do eleitorado de esquerda, argumentando que "sempre que o PS enfraqueceu a direita foi para o poder".

O secretário-geral do PS sublinhou também as diferenças entre as políticas do seu partido e as da direita, em resposta a Jerónimo de Sousa, que defendeu que há uma convergência “nas questões estruturantes”.
 
José Sócrates justificou estas afirmações apontando medidas do Governo do PS, como o aumento do salário mínimo nacional em 10 por cento e o programa Novas Oportunidades como políticas que não são de direita. A principal diferença apontada pelo secretário-geral do PS em relação à direita tem a ver com o Estado social e as políticas propostas para a educação, a saúde e a segurança social, sectores para que “a direita propõe uma privatização parcial”.
 
“Se temos essa ameaça da direita no sector social, não percebo porque é que o Partido Comunista faz do seu alvo principal o PS”, defendeu José Sócrates, afirmando que “ao menos” o PCP também deveria “atacar as políticas de direita”.
 
Questionado sobre se pediria o apoio do PCP a um governo minoritário socialista, José  Sócrates afirmou que “este não é momento” para falar nisso, sublinhando que “o PS candidata-se para uma aliança com o país e pedindo condições para governar”.
 
O tema da suspensão do Jornal Nacional de Sexta-feira foi abordado no debate na RTP1 e tanto José Sócrates como Jerónimo de Sousa insistiram na necessidade de apurar as razões que estiveram na base da suspensão do telejornal da TVI.
 
José Sócrates afirmou “eu nada tenho a ver com uma mudança na TVI, nem o Governo nem o Partido Socialista. O PS não se mete nisso, isso não é nossa responsabilidade” e acrescentou que apenas se encontrou numa ocasião, em 2005, com “quem dirige a administração da TVI”, na altura da aquisição do canal pela Prisa.

José Sócrates critica ausência do SNS nos programas eleitorais da direita

José Sócrates, afirmou ontem em Coimbra, num jantar da “Geração Activa” que “dá que pensar” que os programas políticos da “direita”, especialmente o do PSD, omitam qualquer referência ao Serviço Nacional de Saúde no seu programa político, o que será algo de “inédito”.

Segundo José Sócrates, “as únicas referências” no programa eleitoral social-democrata é a um “sistema concorrencial”. “Neste momento já há concorrência. As pessoas, se quiserem, podem ir ao privado, mas eu intuo que essa concorrência quer dizer que o Estado deva financiar o Serviço Nacional de Saúde e financiar ao mesmo tempo aqueles que decidem não ir ao Serviço Nacional de Saúde e ir ao privado”, defendeu.

Para o secretário-geral do PS, essa solução «não pode ser, porque significa desviar recursos do Serviço Nacional de Saúde para o privado, coisa que não compete ao Estado fazer».  «É muito importante percebermos que neste momento em que estamos, o Estado deve virar todas as suas energias e todos os seus recursos para melhorar e para valorizar o Serviço Nacional de Saúde, que tem prestado tantos e tão relevantes serviços ao país», esclareceu.

Na sua intervenção, José Sócrates anunciou que, se voltar a ser primeiro-ministro, irá adoptar duas novas medidas de apoio social às famílias, uma delas na forma de bolsas de estudo para o ensino secundário, e uma outra para combater a pobreza.  Depois das medidas para combater a pobreza entre os idosos, na legislatura que agora finda, é a vez de uma nova prestação social destinada às famílias trabalhadoras pobres.

Relativamente às medidas económicas do Partido Socialista, José Sócrates realçou ainda, a urgência de uma maior internacionalização das empresas, de modo que as exportações atinjam os 40 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).

PS repudia qualquer tentativa de ligação à decisão de suspensão do Jornal Nacional da TVI

Augusto Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares, com a tutela da comunicação social, declarou ontem que "a decisão da administração da TVI [de suspender o Jornal Nacional de sexta-feira] é completamente incompreensível, seja em si mesmo - visto que não há qualquer explicação pública sobre os seus fundamentos e razões -, seja pelo tempo em que ocorre, porque estamos em período eleitoral e desvia a atenção dos portugueses da avaliação das propostas apresentadas pelos partidos”.

O dirigente defendeu também que “este é um tempo de os partidos se dirigiram aos portugueses e não de outros partidos interferirem indirectamente na campanha eleitoral. Com a autoridade que assiste ao PS de ser o principal alvo do Jornal Nacional da TVI e sua orientação editorial - que sistematicamente se pontuou pelo ataque ao PS, ao seu líder, ao Governo e ao primeiro-ministro -, exigimos à administração da TVI uma explicação cabal sobre as razões que motivaram esta decisão”.

Augusto Santos Silva, afirmou que o PS pedia “também publicamente a intervenção da entidade competente, que é a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), no sentido de averiguar se o princípio constitucional e legal da independência da informação perante o poder económico e se as leis da comunicação social em Portugal, designadamente a lei da televisão - e as responsabilidades que confere às direcções de informação -, foram cumpridos”.

E sublinhou “o PS repudia veemente qualquer tentativa de ligação a esta ou qualquer outra decisão da Administração da TVI, com a qual não tem qualquer ligação”.