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Uso sustentável da água deve ser preocupação dos portugueses

Uso sustentável da água deve ser preocupação dos portugueses

O Governo socialista, consciente dos desafios que se colocam face à trágica vaga de incêndios, à seca que afeta o país e às alterações climáticas em geral, apela aos portugueses para fazerem um “uso parcimonioso” da água e avisam as autarquias locais para racionarem as lavagens de ruas e regas.

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Uso sustentável da água deve ser preocupação dos portugueses

Em conferência de Imprensa conjunta, os ministros do Ambiente e da Agricultura alertaram para a gravidade da seca que afeta Portugal.

Neste contexto, e “para que ninguém se iluda”, clarificaram que “não é por chover dois ou três dias que a situação se vai inverter”.

João Matos Fernandes indicou depois que vai arrancar, nos meios de Comunicação Social, uma campanha para promover o uso cuidadoso da água por toda a população.

Como exemplo a seguir, Matos Fernandes apontou o município de Nelas, que encerrou as suas piscinas e deixou o alerta: “Quanto mais se agravar [a seca] mais essas medidas terão de ser assumidas”.

A primeira prioridade na poupança de água é reservá-la para o consumo humano, indicou, afirmando que nos últimos lugares de prioridade estão a rega de jardins, o enchimento de piscinas e o funcionamento de fontes ornamentais.

Questionado sobre a campanha de abastecimento com camiões cisternas em curso em vários municípios do distrito de Viseu, o titular da pasta do Ambiente afirmou que o Executivo “não tem expetativa” para já de que a medida tenha que ser repetida em outras zonas do país.

Uso sustentável num tempo mais lato

Refira-se que tanto Portugal como a vizinha Espanha estão a cumprir os valores mínimos de caudais exigidos a ambos os países na gestão de rios internacionais, como o Tejo.

A este propósito, o ministro da Agricultura destacou a alimentação e a água para o gado como as principais prioridades no setor agrícola nesta altura e anunciou a abertura de uma linha de crédito para tesouraria dos agricultores no valor de cinco milhões de euros.

“O uso sustentável da água tem que ser uma preocupação dos portugueses”, não só na situação de urgência que se vive atualmente, mas também para o futuro, “num tempo mais lato”, destacou Capoulas Santos.