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Uma nova era de direito à mobilidade e qualidade de vida nas cidades

Uma nova era de direito à mobilidade e qualidade de vida nas cidades

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, considerou ontem que as novas modalidades e preços dos passes sociais constituem “um contributo fortíssimo para a melhoria da qualidade de vida das cidades, para a melhoria da circulação e da mobilidade, para a descarbonização”.

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Uma nova era de direito à mobilidade e qualidade de vida nas cidades

Na sessão realizada no salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal, onde foi assinalada a entrada em vigor dos novos tarifários nos transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa, o ministro do Ambiente descreveu o momento como um “dia de festa”.

“O nosso objetivo é agora chegar a 2030 com menos 40% de emissões no setor dos transportes. E, e ao mesmo tempo que tudo isto é feito, fica mais barato, e de que maneira, para as pessoas, porque algumas vão poupar mais de 600 euros por ano e outras até mais do que isso”, reafirmou o ministro.

Para o governante, existe hoje maior oferta do que quando o atual Governo tomou posse.

“Das 30 unidades triplas – 15 comboios ao todo – que estavam parados no Metro de Lisboa, hoje são dois. O investimento que foi feito na manutenção dos navios na Transtejo e Soflusa faz com que hoje, dia 1 de abril, haja a capacidade total de preencher os horários que estão previstos e ainda um navio de folga em cada uma destas duas empresas, porque sabemos que, mesmo com uma manutenção cuidada, quando os navios são mais velhos – e no caso da Transtejo isso é muito evidente – as avarias podem acontecer”, referiu Matos Fernandes.

O ministro sublinhou os cinco concursos para a expansão dos Metros de Lisboa e Porto, para a aquisição de novas composições e novo sistema de sinalização e segurança no Metro de Lisboa, de aquisição de dez navios para a Transtejo e de aquisição de dezoito comboios para o Metro do Porto. “Estamos a falar de 750 milhões de euros de investimento”, avançou Matos Fernandes, referindo ainda os “quase 100 milhões de euros de investimento com os 709 autocarros de elevada `performance´ ambiental, que estão a ser comprados país fora”.

Numa alusão bem-humorada ao facto da nova realidade dos passes sociais coincidir com o tradicional “dia das mentiras” (1 de abril), Matos Fernandes disse que há outras verdades conhecidas por todos.

“Há um conjunto de verdades que já todos conhecíamos: a verdade das alterações climáticas, a verdade da existência de 700 títulos de transporte na Área Metropolitana de Lisboa e deslocações em que os passes eram mais caros do que um transporte individual, do que ir de carro – e, obviamente, quando era mais do que uma pessoa a utilizar o mesmo veículo, mais evidente era essa diferença de preço”, disse o titular da pasta do Ambiente.

Estamos a entrar numa nova era, onde “este é, decididamente, o tempo da mobilidade, de a interpretar como um direito social, de garantir uma quase ubiquidade de escolha a quem precisa de se deslocar, e que o faz por razões de obrigação ou porque quer usufruir deste direito de mobilidade”, concluiu.