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UMA ESTRATÉGIA ALTERNATIVA

UMA ESTRATÉGIA ALTERNATIVA

O documento “Uma Década para Portugal – um cenário económico alternativo”, preparado por doze reputados economistas a convite do PS, aponta um caminho alternativo e confirma que é possível fazer diferente. Trata-se de um exercício rigoroso e inovador que apresenta um conjunto de medidas quantificadas, testadas e credíveis.

Opinião de:

UMA ESTRATÉGIA ALTERNATIVA

Não é o programa do futuro governo socialista – que está a ser preparado pelo Gabinete de Estudos e vai ser apresentado no dia 6 de Junho – mas representa a base técnica do compromisso político que o PS quer firmar com os portugueses. O estudo surpreendeu pelo método e pelo conteúdo e deixou os adversários do PS à beira de um ataque de nervos. Num primeiro momento, a maioria de direita veio criticar o documento antes de ter tido sequer tempo para o ler. Quando se apercebeu da seriedade do trabalho e da solidez das propostas, apressou-se a copiar o modelo e a arranjar também o seu grupo de economistas disponíveis para avalizarem tecnicamente a receita austeritária que o governo tem aplicado no país. De facto, que novo coelho pode a maioria PSD/CDS tirar da cartola se apresentou, há poucos dias, na Assembleia da República, o Programa de Estabilidade a enviar a Bruxelas onde propõe mais do mesmo para os próximos anos? 

O “cenário económico alternativo” deita por terra a narrativa da direita de que o PS não tem propostas e de que não há alternativa à austeridade. A partir de agora fica claro que a alternativa que o PS tem defendido – aumento do rendimento das famílias para dinamizar a procura interna e a economia e usar o investimento público para estimular o privado – é a única que permite conciliar sustentabilidade das finanças públicas com desenvolvimento económico e com a moeda única. A partir de agora, os portugueses sabem que há alternativa à austeridade e ao empobrecimento. Uma alternativa de desenvolvimento sustentado e de criação de emprego. Uma alternativa que garante equidade social. Uma alternativa que rompe com a austeridade sem romper com o euro.