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UMA EFETIVA GARANTIA PARA OS JOVENS

UMA EFETIVA GARANTIA PARA OS JOVENS

A ausência de uma efetiva garantia para os jovens traduz-se na precarização dos vínculos laborais, no incremento da emigração e na consideração dos jovens como um dos grupos mais vulneráveis à pobreza

Opinião de:

UMA EFETIVA GARANTIA PARA OS JOVENS

Um dos maiores flagelos da sociedade portuguesa nos últimos anos prende-se com o desemprego jovem, que atinge hoje valores incomportáveis, ao qual se associam fenómenos como o dos jovens desencorajados e o da precarização dos vínculos laborais existentes. 

Assistimos hoje a uma incapacidade governamental de refletir efetivas políticas públicas em prol da emancipação jovem e da fixação de jovens no país. 

O Governo ditou um estigma para com os jovens portugueses. Emigração forçada, afunilamento do mercado laboral nacional, fomento de vínculos temporários e de condições indignas de trabalho. 

O Governo fez da crise o motivo para a desconsideração dos jovens, apelando à sua mobilidade mas não à sua integração na economia nacional.

Uma Garantia Jovem estruturada para os jovens tem de ser capaz de ultrapassar este estigma da precarização, não através de uma política de ocupação temporária, mas numa efetiva promoção de relações laborais estáveis e sustentáveis que promovam a fluidez de uma economia atualmente em contraciclo com o capital humano nacional. 

Não há, até agora, uma estratégia clara para lidar com a dissonância entre as habilitações alcançadas e a falta de empregabilidade dos diplomados do ensino superior.

É necessário salvaguardar um ensino superior enquadrado na realidade do nosso país, enquadrado nos recursos endógenos de cada região mas ao mesmo tempo enquadrado numa lógica de mobilidade e acessibilidade dos jovens aos polos de formação e ao mercado de trabalho real.

É necessário salvaguardar a existência de políticas sociais e fiscais promotoras de desenvolvimento profissional, de emancipação e de fixação de jovens.

É necessário garantir um mercado laboral enquadrado na riqueza das nossas regiões, promotor de relações laborais estáveis e ajustado à condição económica e social pretendida. 

Uma sociedade capaz de responder aos desafios da interioridade, da mobilidade, da igualdade de oportunidades e das legítimas expetativas dos jovens será sempre uma sociedade melhor.

Só uma resposta concertada permitirá construir um país para todos. Só uma ação conjunta dos agentes económicos e sociais permitirá construir um país onde os jovens se sintam progredir, onde os jovens possam viver, habitar e trabalhar.

Este é o país que precisamos. Este é o país que, nos últimos anos, nos escapou numa deriva ideológica onde apelaram à emigração e ofereceram precariedade.

Este é o país que o Partido Socialista está a desenhar e que no futuro irá construir para todos e com todos.