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Um novo ciclo no município e no país

Um novo ciclo no município e no país

Por sentir “em consciência” o dever de se concentrar em “servir Portugal e os portugueses”, António Costa renunciou ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Lisboa, dedicando-se, agora em exclusivo, ao desafio eleitoral que vai enfrentar daqui a seis meses, enquanto candidato a primeiro-ministro do Partido Socialista.

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Um novo ciclo no município e no país

Numa declaração emotiva, proferida nos Paços do Concelho, António Costa disse ter chegado o “tempo de fechar um ciclo e abrir um novo, no município e no país”.

E confirmou que será sucedido pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, responsável também pelas pastas de Finanças, Recursos Humanos e Turismo, garantindo que, ao fim destes sete anos de gestão autárquica “rigorosa”, a “casa ficou arrumada”.

“Lisboa recuperou autoestima nestes últimos sete anos”, referiu, fazendo depois um balanço da sua gestão autárquica.

Lembrou, pois, que “sempre em contraciclo”, foram saneadas as finanças municipais e dinamizada a economia da cidade, introduziu-se rigor no planeamento e na gestão urbanística, houve investimento na educação, na cultura, nos direitos sociais, na qualidade do espaço público e na reabilitação urbana, e inovou-se na mobilidade e no ambiente urbano, na participação cidadã e na descentralização.

De seguida, garantiu deixar “o município em boas mãos, numa transição preparada e planeada”.

O autarca deixou um agradecimento aos lisboetas pela “confiança” e aos funcionários municipais, presidentes de Junta de Freguesia e vereadores: “A todos os que juntos temos feito Lisboa, muito obrigado”.

Recorde-se que António Costa foi eleito presidente da Câmara de Lisboa pela primeira vez em julho de 2007, conseguindo então seis mandatos (dos 17 assentos do executivo), que aumentaram para nove em 2009 e para 11 em 2013.

A sua presidência fica marcada pela reforma administrativa da capital (que reduziu as freguesias de 53 para 24 e transferiu competências para as juntas de freguesia), pela revisão do Plano Diretor Municipal, pelas alianças com independentes (os movimentos de José Sá Fernandes e Helena Roseta), pela transferência do seu gabinete para o Intendente (para incentivar a reabilitação da zona) e pela defesa do uso de bicicletas e da gestão municipal da rodoviária Carris e do Metro.

O legado de António Costa

Após a apresentação da renúncia do até agora edil de Lisboa, o vereador das Estruturas de Proximidade da Câmara, Duarte Cordeiro, salientou que “há um antes e um depois” de António Costa no município, sublinhando o “trabalho extraordinário” realizado, ao longo de quase oito anos, pelo atual líder do PS.

Duarte Cordeiro apontou vários exemplos daquele que classificou como o “legado de António Costa”.

“O trabalho feito na área do espaço público, a Ribeira das Naus, o Terreiro do Paço, o elevador do arco da Rua Augusta, todo o trabalho que foi feito na Mouraria, no Intendente, mas também na área dos espaços verdes, o corredor verde, com a requalificação de jardins, a vida que hoje temos na rua, na cidade de Lisboa, todo o trabalho cultural”, elencou, para de seguida assinalar a “dinamização da atividade económica” efetuada por António Costa ao ser “precursor com a Startup Lisboa” e ainda “o trabalho que foi feito ao nível turístico e o facto de Lisboa estar no top de vários rankings internacionais”.