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UE – Tempo de Escolhas

UE – Tempo de Escolhas

As instituições da União Europeia estão a atingir o ponto intermédio do mandato iniciado no segundo semestre de 2014. Os Tratados prevêem um conjunto de procedimentos formais, mas o momento político, económico e social exige mais. As opções que serão tomadas não poderão ignorar os recentes acontecimentos, designadamente a progressão dos nacionalismos e dos populismos.

Opinião de:

UE – Tempo de Escolhas

No caso concreto do Parlamento Europeu(PE), a assembleia é constituída por 751 representantes de 28 países e oito grupos políticos. Não tendo sido atingidas as condições políticas necessárias para que Martin Schultz pudesse prosseguir o seu desempenho de elevada qualidade, está agendada para o inicio de 2017 a eleição de um novo Presidente.

A principal linha de divisão política no PE é aquela que separa os que querem preservar o projeto europeu e aqueles que o querem ver regredir e se possível fracassar. Os primeiros constituem uma clara maioria,  mas entre eles há visões múltiplas e diferenciadas.

Há quem defenda que os  grupos pró-europeus se deveriam unir em torno de um candidato único. Martin Schultz pela forma aberta como presidiu aos destinos do PE em tempo de crise poderia desempenhar esse papel. Sem consenso nesta opção, o próximo Presidente do PE deve refletir não apenas a escolha pró-europeia, mas também o caminho concreto para o concretizar.

Seria, a meu ver, um erro político confrontar os cidadãos europeus com um projeto de novo impulso para a União Europeia contaminado por muitas das escolhas que conduziram à estagnação e à crise  hoje sentida na União. O debate não deve ser focado na questão de prosseguir ou não o projeto europeu, mas sim na forma como ele deve ser prosseguido, fomentando uma cidadania ativa e participativa no campo pró-europeu.         

Associar o futuro do projeto europeu a um compromisso obrigatório com a ideia de uma Europa mínima com austeridade máxima,  degradaria ainda mais o apoio dos cidadãos. Essa é a visão liderada pelo Partido Popular Europeu e do seu candidato Antonio Tajani e deve ser assumida por eles. 

Com Gianni Pittela e os Socialistas e Democratas, os cidadãos europeus dispõem de um outra opção. A opção pelo conclusão da União Económica e Monetária, pelo reforço dos recursos disponíveis, pela aposta no investimento e no crescimento e pela aposta nas pessoas, no seu bem –estar e na criação de condições para uma  vida digna e feliz. A UE vive um tempo de escolhas. É fundamental que a escolha se faça entre opções claras. E ganhe a boa escolha.