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Três novos pactos setoriais reforçam capacitação da economia

Três novos pactos setoriais reforçam capacitação da economia

O Ministério da Economia celebrou três pactos sectoriais com clusters do automóvel, de engenharia e ferramentas, e de tecnologias de produção. António Costa presidiu à sessão de assinatura realizada ontem, em Leiria.

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Três novos pactos setoriais reforçam capacitação da economia

“A assinatura destes três pactos setoriais é da maior importância, porque estamos a falar de três setores que são centrais para a construção da nossa economia do futuro”, afirmou o primeiro-ministro, António Costa, na sessão de assinatura dos Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização entre o Ministério da Economia e os clusters dos setores automóvel, de engenharia e ferramentas e de tecnologias de produção.

Conforme adiantou o chefe do Executivo, o objetivo destes pactos é “assegurar que haja estabilidade, continuidade e alinhamento” no sentido de promover e concertar um trabalho “em conjunto para um objetivo comum”, por forma a que os últimos três anos de convergência económica com a UE “não tenham sido a exceção à regra”, mas antes “os primeiros três anos de uma nova década de convergência sustentada e continuada”.

3 Clusters: 400 mil empregos e 37 mil M€

Na sessão realizada em Leiria, onde esteve também o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o líder do Governo socialista sublinhou que estes três clusters representam 400 mil empregos e geram cerca de 37 mil milhões de euros de volume de negócios e representam 16 mil milhões de exportações nacionais.

Para o primeiro-ministro, “o setor automóvel é seguramente um excelente exemplo de como a partir do investimento direto estrangeiro de alguns grandes construtores foi possível desenvolver toda uma cadeia de atividade industrial na indústria das componentes, do desenvolvimento de software’, de desenvolvimento de serviços”.

Este setor promove mais de 75 mil postos de trabalho e gera 13 mil milhões de euros de volume de negócios, do qual 98% são exportações.

Por seu lado, o setor das tecnologias de produção é “absolutamente central não só para a produtividade das empresas, mas também para a substituição de importações”, visto que a economia nacional precisa de “continuar a crescer por via das exportações na internacionalização”, considerou António Costa.

Já o cluster das tecnologias de produção fomenta 127 mil postos de trabalho, realizando um volume de negócios de 11 mil milhões e contribuindo em 3 mil milhões de euros para as exportações.

Na área dos moldes, ferramentas especiais e plásticos, trabalham mais de 100 mil pessoas que contribuem para gerar 12 mil milhões de euros de volume de negócios, sendo que mais de 90% dos produtos produzidos destinam-se à exportação para mais de 80 países.

O chefe do Governo salientou a relevância que a criação destas sinergias assume para o país, referindo que o “desenvolvimento e criação destas cadeias de valor internas são da maior importância para reforçarem e consolidarem o futuro da nossa economia e em particular o futuro da nossa indústria”.

António Costa dedicou ainda uma palavra de reconhecimento e incentivo ao tecido empresarial, referindo que “os empresários portugueses continuam a investir e a demonstrar confiança na sua capacidade de crescer, apesar de todo o quadro de incerteza” da economia internacional.

Este cenário mundial conduz a uma redução das perspetivas de crescimento das economias em virtude de existirem “vários fatores de incerteza à escala global, desde ameaças de guerras comerciais, entre grandes blocos comerciais, ao risco do Reino Unido abandonar a União Europeia”, referiu.

Pactos para a competitividade e internacionalização

Os pactos sectoriais firmados, esta quarta-feira, entre o Governo e os clusters do automóvel, de engenharia e ferramentas, e de tecnologias de produção, fazem parte dos 20 clusters de competitividade de setores produtivos ou de serviços reconhecidos pelo Governo no quadro do programa Interface, lançado em 2017.

Os pactos têm como objetivo mobilizar os diferentes setores económicos e a sociedade em geral para uma estratégia e missão comuns, associadas às dinâmicas de trabalho em rede, indutoras do desenvolvimento de iniciativas colaborativas, assumindo, assim, um papel central na política industrial e na economia portuguesa e contribuindo para o reforço da competitividade do país.

Recorde-se que no passado dia 26 de março, em Lisboa, foram assinados Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização com os clusters do agroalimentar, da saúde e, ainda, da arquitetura, engenharia e construção.