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Transformar a floresta em fonte de riqueza

Transformar a floresta em fonte de riqueza

O desafio do Estado é transformar a ameaça da floresta em fator de riqueza coletiva, afirmou António Costa. O primeiro-ministro esteve ontem, em Figueiró dos Vinhos, na apresentação da estratégia da Florestgal.

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Transformar a floresta em fonte de riqueza

A reforma da floresta “é absolutamente essencial” para que possa ser, como tem de ser, um fator de riqueza coletiva”, afirmou António Costa.

Para o primeiro-ministro é fundamental “saber gerir a floresta” de modo a que esta não permaneça abandonada ou fique entregue à exploração de espécies de crescimento rápido.

“Temos de passar para a floresta que produz, que associa o desenvolvimento de outras atividades complementares como a apicultura e o turismo, que promove a rentabilização e valorização do aproveitamento da madeira e que possa aproveitar todos os frutos e produtos associados e ter uma diversidade que permita ser resiliente ao fogo e não cause ameaça às populações”, afirmou António Costa.

As declarações do líder do Governo foram proferidas, ontem, em Figueiró dos Vinhos, onde presidiu à sessão de apresentação da estratégia da Florestgal.

A Florestgal é uma empresa pública de gestão e desenvolvimento florestal, criada pelo Governo socialista em setembro de 2018, com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade da floresta, incentivando o planeamento e gestão sustentáveis, nomeadamente através do emparcelamento de terrenos para reduzir a fragmentação da propriedade e da produção.

Esta empresa pública pretende, ainda, através da gestão racional da floresta tornar os territórios mais resilientes aos incêndios e mais seguros para os habitantes. A Florestgal dispõe de 86 propriedades em 26 concelhos, num total de 14 mil hectares.

“O objetivo fundamental da Florestgal é pegar num conjunto de propriedades que hoje estão inativas, improdutivas, que não geram rendimento e que são uma ameaça para a segurança, e fazer uma gestão economicamente viável, que permita rendimento para os proprietários, acrescentar valor para o território, manter a floresta bem gerida e sem risco para a segurança”, avançou António Costa.

O facto de a Florestgal estar sediada em Figueiró dos Vinhos, um dos concelhos mais afetados pelos graves incêndios de junho de 2017, “é uma forma de dizer de novo àqueles que perderam os seus entes queridos que não esquecemos, e que não esquecer exige, sobretudo, fazer com que não volte a acontecer”, afirmou António Costa.

Por isso, o primeiro-ministro considera que “o trabalho não se faz só no verão e com campanhas, mas com trabalho permanente que demora anos”.

António Costa referiu, ainda, que as pessoas idosas que não têm possibilidades de efetuar a limpeza e gestão da floresta têm “na Florestgal um parceiro onde podem encontrar uma fonte de rendimento para remunerar uma propriedade, que hoje não dá rendimento e ainda provoca dores de cabeça”.