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Territórios inteligentes

Territórios inteligentes

Os tempos exigem a construção de uma nova cidadania. Mais ativa e mais participada. Onde o cidadão assume o papel principal num processo colaborativo e criativo.

Opinião de:

Territórios inteligentes

Terminado o ciclo da infraestruturação que procurou superar os deficits estruturais, em diferentes áreas, importa agora que os municípios promovam o aprofundamento do conhecimento sobre os recursos territoriais tendo em vista a sua utilização de forma mais eficiente, integrada e sustentada.

A utilização dos recursos tendo por base estes vetores vai contribuir para tornar os territórios mais resilientes e para aumentar a sua capacidade de resposta face aos desafios de uma sociedade exposta às dinâmicas da globalização, aumentando e reforçando os seus níveis de competitividade e de coesão social. Se isto é importante genericamente para o país, torna-se determinante para o desenvolvimento dos territórios de baixa densidade. Onde a população se encontra envelhecida, dispersa e por isso com novos e velhos problemas que nos desafiam para encontrarmos soluções inovadoras.

Tendo por base estas premissas, é fundamental que os territórios prossigam um modelo de governação, sustentado na utilização de tecnologias de informação, que promovam um maior conhecimento e monitorização dos diferentes sistemas urbanos – energia, abastecimento de água, transportes, resíduos – e, por essa razão, permitam maior eficiência na sua gestão, gerando poupanças de recursos humanos e financeiros, contribuindo também para a sustentabilidade dos territórios.

Paralelamente, a aposta neste modelo de governação, hoje comumente designado por SMART CITIES, tem de passar também pela disponibilização aos cidadãos de ferramentas que potenciem e facilitem a sua participação no processo de construção contínua dos seus territórios. Porque uma cidade inteligente só o é se for capaz de mobilizar os seus cidadãos a participarem ativamente neste processo.

Ao celebrarmos os 40 anos passados sobre as primeiras eleições autárquicas e na preparação do próximo ciclo eleitoral, torna-se fundamental que os autarcas a eleger pelo nosso partido assumam estas bandeiras como suas. Num exercício de valorização da cidadania. Colocar o cidadão no centro do sistema governativo é certamente uma das mais significativas transformações verificadas nas últimas décadas. O objetivo final de um Território Inteligente é tornar as nossas cidades, vilas e aldeias mais eficientes, mais inclusivas, mais saudáveis, e por isso tornar os seus habitantes mais felizes.