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Tecnológica norte-americana quer reforçar presença em Portugal

Tecnológica norte-americana quer reforçar presença em Portugal

Na sequência da declaração da Google de que pretende abrir em Portugal uma unidade de formação para Android, o ministro da Economia mostrou-se convicto de que, com este anúncio, outras empresas do “ecossistema desta tecnológica” vão também querer “fixar-se no país”.

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Tecnológica norte-americana quer reforçar presença em Portugal

Para o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que se encontra nos Estados Unidos da América a acompanhar o primeiro-ministro, António Costa, numa visita oficial àquele país, o anúncio feito pelo vice-presidente da Google, Kent Walker, de que a empresa norte-americana quer abrir em Portugal uma unidade piloto para formação e desenvolvimento de aplicações para o sistema operativo Android, “um segmento que está a crescer muito como ramo de negócio”, para além de garantir a curto prazo a criação de algumas centenas de novos postos de trabalho, sendo que até ao final deste ano, como ficou referido, será aberto um concurso internacional para mil vagas, contribuirá ainda, certamente, segundo Manuel Caldeira Cabral, para “fixar em Portugal outras empresas da área das tecnológicas”.

Estas cerca de mil pessoas que serão formadas pela Google, segundo anunciou o ministro da Economia, “para ficarem como programadores em aplicações para Android”, vão reforçar, não só os quadros da Google, como das “empresas do universo desta multinacional”, garantindo o titular da pasta da Economia que só pelo facto de a tecnológica norte-americana ter anunciado o seu interesse em reforçar a sua presença em Portugal, outras empresas deste universo já manifestaram igualmente “interesse em se fixarem no país”.

De acordo com o governante, Portugal apresenta já um portefólio interessante de empresas tecnológicas a trabalhar em território nacional, quer sejam portuguesas “reconhecidas por grandes investidores em projetos tecnológicos”, quer sejam tecnológicas internacionais que “abriram centros de excelência no país”, cenário que na opinião do ministro da Economia só foi possível, em grande medida, graças ao trabalho que o Governo tem realizado, nomeadamente, com as ‘startups’, e que muito tem ajudado à “criação de emprego qualificado”.

Guerra comercial

O ministro da Economia, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com altos quadros da Google, referiu-se também aos eventuais efeitos para as empresas portuguesas da recente decisão do Governo norte-americano de aumentar as tarifas do aço e do alumínio para importações da União Europeia, considerando Manuel Caldeira Cabral que o Governo português está convencido de que as empresas nacionais “vão conseguir contornar os efeitos negativos” resultantes de uma eventual guerra comercial com os EUA.

Contudo, como adiantou, é ainda “muito cedo” para se poder estimar o impacto desta decisão nas relações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, manifestando, contudo, o ministro português da Economia o desejo de que esta nova perspetiva norte-americana sobre as relações comerciais com a União Europeia “seja contida” e que em caso algum “afete a dinâmica muito positiva” das empresas portuguesas que, nos últimos anos, como acentuou, têm conseguido crescer nas exportações para os Estados Unidos, quer em bens, quer em serviços, “que incluem produtos tecnológicos”, quer ainda no turismo, que “está a ter um crescimento fantástico no mercado norte-americano”, uma realidade que na opinião de Manuel Caldeira Cabral transformou os Estados Unidos da América “no nosso maior mercado fora da União Europeia”.