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Taxa sobre dormidas rende a Lisboa mais de 18 milhões para valorizar a cidade

Taxa sobre dormidas rende a Lisboa mais de 18 milhões para valorizar a cidade

As taxas e taxinhas, tão criticadas pela oposição de direita, aplicadas sobre as dormidas de turistas na capital, afinal revelaram-se um sucesso e vão suportar mais de 18 milhões de euros em investimentos, num total de 33,7 milhões de euros, a realizar na cidade. O anúncio foi ontem feito pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na cerimónia de apresentação da estratégia e dos projetos abrangidos pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa.

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Taxa sobre dormidas rende a Lisboa mais de 18 milhões para valorizar a cidade

Falando na sede da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Fernando Medina lembrou que as verbas provenientes do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, orçado em 33,7 milhões de euros, dos quais 18,2 milhões de euros resultam da taxa aplicada aos turistas que visitam a cidade, vão permitir requalificar edifícios e construir outros de raiz, uma iniciativa que, como garantiu, não se destina a satisfazer apenas o turismo, mas antes, a “valorizar a cidade”, assinalando que os projetos apresentados têm um “enorme significado” para a cidade de Lisboa, reforçando a sua “atratividade”, mas acima de tudo, constituindo um passo importante para a “qualidade de vida e a valorização da cidade”.

De entre os projetos abrangidos pelos dinheiros deste fundo, estão, entre outros, como anunciou o presidente da edilidade, Fernando Medina, a requalificação do Palácio Nacional da Ajuda, a criação do Museu Judaico de Lisboa, na freguesia de Alfama, o Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril, o terminal de atividade marítimo-turística que será localizado na antiga estação fluvial Sul e Sueste, inaugurada em maio de 1932, com projeto do arquiteto Cottinelli Telmo, a concretização do programa municipal Lojas com História, ou ainda, a criação do Polo Descobrir, dedicado aos descobrimentos portugueses, e cuja localização, como enfatizou o edil, ainda não está decidida.

Núcleos museológicos

No próximo ano de 2017, garantiu o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, está previsto que arranque de um estudo para a criação dos núcleos museológicos dos descobrimentos, a dinamização do Museu do Azulejo, a modernização e melhoria da sinalização turística, a instalação de equipamentos de videovigilância em locais onde a presença de turistas mais se faz sentir, o reforço da animação do eixo central da cidade, entre a avenida da Liberdade e o Campo Pequeno, e, ainda, a reavaliação da instalação de um novo centro de grandes congressos.

Iniciativas que só são possíveis, disse Fernando Medina, graças à aprovação, em 2014, da Taxa Municipal Turística, que passou a cobrar um euro por noite até ao máximo de sete euros, pelas dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras e de alojamento local, uma verba que entre janeiro e julho de 2016, segundo dados entretanto divulgados, já rendeu à Câmara Municipal de Lisboa, cerca de sete milhões de euros, uma receita que estava prevista só ser atingida no final do ano.