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Solução Portela + Montijo vai concretizar consenso nacional

Solução Portela + Montijo vai concretizar consenso nacional

Portugal está hoje a corrigir o erro que cometeu há dez anos por não ter “a tempo e horas” avançado com a construção de um novo aeroporto internacional na região de Lisboa, lapso que segundo o primeiro-ministro está a tentar remediar, avançando com a solução aeroportuária da Portela + Montijo, uma solução que está em vias de se tornar “irreversível”.

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Solução Portela + Montijo vai concretizar consenso nacional

Assumindo que a solução Portela + Montijo é a possível, perante o principal desígnio que teria sido o país ter avançado há uma década com a construção de um novo aeroporto internacional na região de Lisboa, o primeiro-ministro, que falava esta manhã na abertura da IV Cimeira do Turismo Português, no Teatro São Luís, em Lisboa, referiu que o Governo apenas aguarda o estudo de impacto ambiental para que a solução aeroportuária Portela mais Montijo seja uma realidade “irreversível”.

O chefe do Governo mostrou-se convicto de que esta solução Portela mais Montijo vai de facto ampliar a “oferta aeroportuária em Lisboa”, lembrando que o Executivo que lidera assinou, a este propósito, há cerca de um ano, com os proprietários da ANA um acordo para “definir esta opção estratégica fundamental”, que passa por manter em pleno funcionamento a Portela (Humberto Delgado) completando o aeroporto de Lisboa com o novo equipamento do Montijo, um projeto, como afiançou, que “reúne um largo consenso nacional”.

Ao ritmo da procura turística e do crescimento que o setor está a registar, não só na capital, mas um pouco por todo o país, não há na opinião do primeiro-ministro “outra solução” que não seja esta da Portela mais Montijo, lamentando que o país tenha passado décadas a “dilacerar-se em estudos e em alternativas sobre o melhor local” para a construção de um novo aeroporto, garantindo que “muito brevemente” estarão concluídas as negociações com a empresa que gere os aeroportos em Portugal.

Diversificar a oferta turística

No dia em que se comemora o Dia Mundial do Turismo, António Costa fez ainda questão de defender, na sua intervenção esta manhã na IV Cimeira do Turismo Português, que o país precisa de “diversificar a sua oferta turística”, sobretudo, como aludiu, através de uma aposta forte e sustentada “nas regiões do interior”, designadamente, “aumentando a intensidade do turismo” e rejeitando a ideia de que se devem “introduzir condicionalismos ou limites à procura”.

O primeiro-ministro concordou com a tese antes defendia pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, quando este sustentou que o aumento da procura turística na capital não está a afetar o “equilíbrio social”. António Costa lembrou, a propósito, que proibir o aumento do turismo na cidade de Lisboa seria uma iniciativa desajustada e contraproducente, sustentando que seria preferível que a Assembleia da República, “ao contrário daquilo que aconteceu no âmbito do Orçamento do Estado para este ano”, aprovasse o mais rápido possível a proposta do Governo relativa ao arrendamento acessível.

Investir numa estratégia de sustentabilidade

Ainda em resposta aos que defendem a introdução de mecanismos que limitem a entrada de turistas, o primeiro-ministro, depois de manifestar a sua total oposição a esta tese, lembrou que as receitas do turismo atingem 10% do Produto Nacional Bruto na “média dos Estados-membros da União Europeia”, enquanto em Portugal esse valor, como referiu, é ainda apenas de 8%.

O que é preciso, sustentou ainda António Costa, é de seguir uma estratégia a dez anos que “assegure sustentabilidade ao setor”, o que poderá passar também e necessariamente pela “diversificação da oferta no território nacional”, lembrando a propósito que, em 2017, houve um assinalável crescimento da procura do turismo nas regiões do Centro, Norte e nos Açores, um cenário que o primeiro-ministro garantiu que o deixou muito satisfeito, salientando que a procura turística no interior, para além de trazer riqueza, “valoriza os recursos endógenos e permite fixar populações”.