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SNS merece ter um “futuro muito promissor”

SNS merece ter um “futuro muito promissor”

Para o primeiro-ministro, o “futuro promissor” que a esmagadora maioria dos portugueses deseja para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se pode cingir apenas a uma “história bonita”, mas merece um futuro mais auspicioso construído em bases sólidas, sobretudo a partir das “unidades de cuidados primários e dos seus profissionais”.

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SNS merece ter um “futuro muito promissor”

O primeiro-ministro inaugurou ontem no distrito de Lisboa, nos concelhos de Sintra e da Amadora, cinco novas unidades de cuidados de saúde primários, equipamentos que para António Costa são as “verdadeiras bases do Serviço Nacional de Saúde”.

Com efeito, e segundo António Costa, é “fundamental” prosseguir e aprofundar a atual reforma que o Governo iniciou nesta legislatura no SNS designadamente, como referiu, ao nível dos cuidados de saúde primários, não só com o propósito de “assegurar a todos o acesso a médico de família”, mas abrindo igualmente a possibilidade de estas unidades passarem a dispor de uma maior diversidade na oferta de cuidados de saúde, “com mais meios complementares de diagnóstico”, criando assim uma nova realidade “cada vez mais próxima das pessoas e as pessoas mais longe das unidades hospitalares”.

O chefe do Governo falava na Unidade de Saúde Águas Livres, uma das cinco unidades que ontem inaugurou, batizada com o nome de António Arnaut. Oportunidade que serviu para o primeiro-ministro, que estava acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, lembrar que hoje vivem nos concelhos de Sintra e da Amadora perto de meio milhão de portugueses, dois municípios, como também referiu, onde ainda se fazem sentir “algumas carências de médicos de família”.

Reforço da proximidade

Outro dos pontos que António Costa fez questão de referir diz respeito ao que considera ser o “reforço da proximidade” entre o Estado e as autarquias, um cenário que tem vindo a consolidar-se graças à vontade do atual Governo, no que respeita à manutenção e preservação das instalações das unidades de cuidados primários, defendendo o primeiro-ministro ser fundamental que o que “é hoje novo fique novo sempre”.

Dado assente para o primeiro-ministro é que se os concursos que estão em marcha forem todos concluídos e se a totalidade das verbas forem também todas preenchidas, a “atual legislatura vai terminar garantidamente com 97% dos portugueses com médico de família”.

Com efeito, lembrou ainda António Costa, que falava mais tarde na inauguração da Unidade de Saúde de Almargem do Bispo, no município de Sintra, numa cerimónia que contou ainda com as intervenções do autarca Basílio Horta e da ministra Marta Temido, a meta “era que concluíssemos a legislatura com 100% dos portugueses com médico de família”, objetivo que o primeiro-ministro reconhece não ter sido ainda atingido, recordando, contudo, que neste momento o concurso para admissão de novos médicos e médicas para o SNS está ainda aberto, havendo, por isso, que aguardar pelo “resultado final”.

Lei de Bases “determinante” para modernização do SNS

O líder do executivo referiu-se ainda à recente aprovação no parlamento pelo PS e pelos partidos à sua esquerda da Lei de Bases da Saúde, considerando que desta vez se aprovou uma lei que vai ser determinante para a “modernização de todo o sistema da saúde”, uma “forma digna” de celebrar os 40 anos do Serviço Nacional de Saúde e de homenagear “o pai do SNS, António Arnaut”.

António Costa lembrou ainda que o Governo que lidera definiu, desde o primeiro dia, os cuidados de saúde primários “como a base fundamental” do SNS, acrescentando que a nova legislação da Lei de Bases da Saúde “traça uma linha muito clara” de eliminação progressiva das taxas moderadoras nos centros de saúde e nas “prescrições feitas também a partir dos centros de saúde”.