SNS 100% autónomo em radioterapia no fim da legislatura

O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, na Assembleia da República, numa ocasião que aproveitou para informar os deputados de que os investimentos autorizados e em fase de lançamento de aceleradores lineares permitirão autonomia total no SNS na área da radioterapia.
Adalberto Campos Fernandes, que foi ouvido na comissão eventual de acompanhamento da estratégia Portugal 2030, recordou que a necessidade de equipamentos pesados na saúde é permanente, com máquinas de TAC ou ressonância magnética a terem uma semivida que anda em torno dos seis a oito anos.
“Há uma rotina de necessidade de substituição de equipamentos que é permanente”, frisou, apontando que “o ‘stock’ de necessidade de tecnologia mais diferenciada e de construção de novos equipamentos” significa, em seis ou sete anos, um investimento de 1,5 a 1,7 mil milhões de euros.
O ministro da Saúde admitiu ter havido falta de investimento nos últimos anos, reconhecendo que “a saúde não tem esgotada a sua necessidade de equipamentos e infraestruturas”, várias delas “básicas”.
Há também “prioridades a nível da rede hospitalar que não estão satisfeitas”, acrescentou, dando como exemplos o Hospital Central do Algarve ou o Centro Hospitalar do Oeste.