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Resultados positivos no combate à pandemia desaconselham aligeirar medidas de contenção

Resultados positivos no combate à pandemia desaconselham aligeirar medidas de contenção

O primeiro-ministro, António Costa, visitou na passada sexta-feira o concelho de Loures, onde debateu com os eleitos locais as metodologias que estão a ser seguidas no terreno de combate aos focos de Covid-19 em algumas zonas da Área Metropolitana de Lisboa.

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Resultados positivos no combate à pandemia desaconselham aligeirar medidas de contenção

A visita a Loures, tal como as anteriormente realizadas nos concelhos de Sintra e Amadora, antecedeu o Conselho de Ministros extraordinário de amanhã, terça-feira, onde o Executivo fará uma nova avaliação das medidas de desconfinamento.

Falando aos jornalistas após ter reunido na Câmara Municipal de Loures com os autarcas locais, o primeiro-ministro confirmou o que antes já tinha assegurando nas visitas aos concelhos de Sintra e da Amadora, que começam a ser visíveis os resultados da metodologia seguida de combate à Covid-19 nas zonas da Área Metropolitana de Lisboa (AML), considerando, contudo, “prematuro” aligeirar as medidas de contenção da pandemia.

Acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que também coordena no Executivo o combate à pandemia na AML, o primeiro-ministro confirmou que a metodologia “colocada em prática” pelo Governo e pela Direção-Geral da Saúde, em colaboração estreita e em articulação de esforços com as autarquias, “está a conseguir estabilizar o número de novos casos de infeção”, tendo-se já alcançado, como referiu, uma clara “tendência decrescente” de casos ativos, o que para António Costa dá “confiança em relação ao caminho seguido”.

Contudo, como o número de infetados ainda não foi reduzido para padrões de absoluta segurança em toda a AML, apesar de já se verificarem níveis de estabilização mais próximos do desejável, há que manter, como defendeu o primeiro-ministro, o rumo e seguir o “caminho traçado”, procurando continuar a “reforçar as equipas multidisciplinares” de forma a manter o trabalho de proximidade com as famílias e com a população em geral. Uma metodologia que, segundo assinalou António Costa, se tem mostrado “muito positiva” e eficaz, também graças ao papel dos autarcas nesta “articulação de esforços”.

Apesar dos passos já dados e da realidade significativamente mais positiva em todo o território nacional, nada convida, como alertou António Costa, a que se baixem os braços ou se dê a batalha contra a pandemia por vencida, sobretudo porque ainda existem, como preveniu, “alguns locais onde a taxa de incidência é por enquanto bastante elevada”, garantido, contudo, que hoje “estamos numa fase completamente distinta daquela em que nos encontrávamos em março”, quando o desafio era sobretudo o de “travar o crescimento exponencial”.

O primeiro-ministro referiu-se ainda ao surto que se verificou no concelho alentejano de Reguengos de Monsaraz, lembrando que o fenómeno está circunscrito a “um lar em concreto”, nada indicando, portanto, que signifique uma expansão da pandemia na comunidade, acrescentando que no conjunto do país a situação em relação à evolução da pandemia continua “tranquila” e sob controlo do Governo, autarquias e autoridades de saúde. Sem prejuízo, como aludiu, de que todos devem estar atentos a esta “realidade” que ainda se mantém presente na sociedade portuguesa e que só se extinguirá “quando houver uma vacina”.

Recorde-se que, desde o passado dia 1 de julho, o Governo decretou que 19 freguesias dos concelhos da Amadora, Odivelas, Loures, Sintra e Lisboa, onde se observavam focos mais insistentes de infeção, seriam mantidos em situação de calamidade, passando a restante AML para situação de contingência num nível intermédio. Já o conjunto do território nacional ficou em situação de alerta, o nível mais baixo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil.