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Reforço do combate às desigualdades é compromisso central do PS

Reforço do combate às desigualdades é compromisso central do PS

O combate às desigualdades é uma tarefa e uma luta política que “não pode terminar” e que vai “implicar um processo de mudança de comportamentos”, defendeu este fim de semana, em Viseu, o Secretário-geral do PS.

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Reforço do combate às desigualdades é compromisso central do PS

Intervindo na abertura da primeira de quatro convenções temáticas que o PS começou a organizar, tendo em vista a preparação do programa para as legislativas de outubro, António Costa lembrou que o combate às desigualdades se afigura longo e com muitos escolhos, mas que é indispensável enfrentar, sob pena de a sociedade portuguesa pôr em risco “muitas das conquistas já alcançadas”.

Para o líder socialista, este é um dos “desafios centrais” para o futuro próximo da sociedade portuguesa que implica também, entre outros fatores, avanços sustentados na “transição para a sociedade digital”, salientando que a luta contra as desigualdades para obter sucesso “exige novas competências a quem está na escola”, mas também o fornecimento de “novas qualificações às gerações que já estão no mercado de trabalho”.

Ciente de que neste combate às desigualdades alguns passos positivos foram, entretanto, já dados, sobretudo nos últimos três anos e meio desde que o Governo socialista tomou posse em finais de 2015, António Costa recordou a este propósito os “avanços significativos” alcançados em matéria da diminuição da desigualdade de rendimentos “entre homens e mulheres”, alertando que é preciso “fazer mais” na próxima legislatura.

O que não podemos, garantiu o líder socialista, é “ficar para trás ou impedir que o país vá para a frente”, o que obriga a ter a “ambição de conseguirmos pôr Portugal na linha da frente”, sem que ninguém fique para trás ou que nenhuma região do país se sinta discriminada, daí a importância, como salientou, de se avançar de forma sustentada e sem qualquer recuo na luta contra as desigualdades.

Um programa coerente e voltado para o futuro

Para António Costa, é indispensável que o PS se apresente ao eleitorado nas próximas eleições legislativas de outubro com um programa de Governo coerente e voltado para o futuro, designadamente quanto ao combate à desigualdade salarial, tema aliás, como recordou o líder socialista, que está inscrito quer na Constituição quer na lei, e “até em todos os contratos de trabalho”, mas que infelizmente não tem sido suficiente, como realçou, para diminuir a “desigualdade salarial” que se verifica ainda em Portugal, obrigando por isso a uma rápida e consistente “mudança de comportamentos”.

Um programa que pretende ser coerente e consistente com a realidade política e social portuguesa implica e obriga a que o próximo programa de Governo do PS aborde ainda outros temas, como as alterações climáticas, a demografia e a sociedade digital, assuntos que serão aliás objeto de discussão e de análise nas próximas convenções socialistas, e que implicam também uma clara e eficaz “mudança de atitude”.

Um dos exemplos que o líder socialista avançou tem a ver, designadamente, com as questões ambientais, defendendo António Costa não ser suficiente ter apenas a “ambição de se lutar pela neutralidade carbónica em 2050”, sem que paralelamente “todos possamos dar um contributo” para uma efetiva e clara mudança dos “nossos hábitos de vida”.

Outro dos exemplos, aliás também referido pela secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, tem a ver com a apresentação, já no dia 27 deste mês, do primeiro resultado da nova lei que obriga todas as entidades empregadoras a estabelecerem nas suas grelhas salariais e na sua avaliação de funções “critérios objetivos” e não sujeitos a análises baseadas em critérios de género, sendo que este barómetro, como garantiu o líder socialista, “dará indicadores precisos e estatísticos” sobre os setores.