Reforçar as qualificações dos adultos é a chave para o crescimento económico e coesão social

Neste trabalho hoje apresentado em Lisboa, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) defende que uma mão-de-obra altamente qualificada é fundamental para ajudar Portugal a recuperar da última recessão e a responder aos desafios de uma economia “cada vez mais global e digital”.

Destacando os passos “muito positivos” que Portugal tem vindo a dar nos últimos anos, “sobretudo a partir de 2016”, para impulsionar o seu desempenho educativo, a OCDE evidencia, apesar do “envelhecimento da população”, o trabalho que o país tem feito para a “uniformização de competências entre os jovens com formação e os adultos mais velhos”, sustentando que “reforçar o sistema de educação e formação de adultos” é a chave para “criar maior crescimento e bem-estar para todos”.

Neste trabalho, a OCDE, depois de realçar a aposta do Governo português no desenvolvimento e na qualificação do sistema educativo, aponta novos caminhos com vista à consolidação e aperfeiçoamento da educação e da formação de adultos, considerando, neste particular, que a formação de adultos para a empregabilidade tem sido uma das áreas que mais fortemente tem contribuído para a melhorar as condições de vida das pessoas.

Este Guia para a Estratégia de Competências para Portugal, que esta manhã foi apresentado pela OCDE, resulta em grande medida da colaboração estreita que esta organização tem vindo a ter com a Comissão Europeia sobre esta matéria, e onde se defende, nomeadamente, que melhorar o nível de qualificações e de competências dos adultos é fundamental para “o crescimento económico e para a coesão social do país”, uma estratégia que, na perspetiva da OCDE, “tem de envolver todas as partes interessadas”, como a administração pública, empresas e instituições de ensino, realçando que as transformações demográficas e económicas profundas “tornam a aprendizagem ao longo da vida mais importante do que nunca”.