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Redução do preço dos passes sociais vai ser estendida a todo o país

Redução do preço dos passes sociais vai ser estendida a todo o país

O primeiro-ministro garantiu hoje no Porto que a redução tarifária de todos os operadores de transportes públicos é uma das “mais importantes medidas” tomadas pelo Governo e pelas duas áreas metropolitanas a favor do uso privilegiado do transporte público coletivo, garantindo que a medida vai ser estendida até 15 de maio a “todas as Comunidades Intermunicipais”.

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Redução do preço dos passes sociais vai ser estendida a todo o país

Contrariando a insistente e demagógica tese dos que afirmam que esta é uma medida apenas para ser fruída pelos utentes dos transportes coletivos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, o primeiro-ministro garantiu esta manhã no Porto, na cerimónia de assinatura dos contratos do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART), entre o Estado e a Área Metropolitana do Porto, que a redução tarifária nos transportes públicos coletivos vai mesmo ser estendida, já a partir do próximo dia 15 de maio, “a todas as Comunidades Intermunicipais”, alargando assim a medida a todo o país.

Confirmando que esta nova reorganização do tarifário dos transportes públicos coletivos, que levou a um claro abaixamento do preço dos passes sociais, foi uma ideia que partiu inicialmente da vontade dos dirigentes políticos responsáveis pelas duas áreas metropolitanas, António Costa fez, contudo, questão de salientar que esta é uma iniciativa a que o Governo respondeu de imediato dando o “passo que devia ter dado” e apoiando “o que devia ter apoiado”, tendo desde logo anunciando que a medida era para ser alargada ao restante território nacional, ilhas autónomas incluídas.

O primeiro-ministro defendeu ainda que esta redução tarifária é uma medida que compreende quatro vertentes, uma vez que “é amiga do ambiente, das famílias, da economia e da coesão territorial”.

Para o líder do Governo, é fundamental “mudar o paradigma de mobilidade”, garantindo que 26% dos gases com efeito de estufa do planeta são “emitidos a partir de sistemas de mobilidade”, o que levou António Costa a referir que a “grande fatura” que o país paga em matéria de importações é com a compra de petróleo e combustíveis fósseis, razão acrescida, como acrescentou ainda, para que se “estimule o uso do transporte público” que é uma forma de “contribuir também para a redução significativa das importações e melhorar a balança de transações”.

António Costa destacou ainda o papel determinante que as autarquias e as duas áreas metropolitanas tiveram na definição das medidas agora aprovadas e que foram ajustadas, como salientou, a cada uma das regiões, lembrando que só assim fazia sentido uma vez que são estes organismos que melhor “conhecem os seus territórios” e não o Estado “que estará sempre longe, mesmo quando está na cidade capital”, defendendo que se deve “tratar por igual o que é igual e diferente o que é diferente”, dando a todos a oportunidade de “poderem convergir”.

“A mais importante medida” pelo transporte coletivo

Presente nesta cerimónia, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, depois de considerar que a redução tarifária implementada pelo Governo, em estreita colaboração com as áreas metropolitanas, constitui a “mais importante iniciativa de que há memória” levada a cabo em Portugal a favor dos transportes públicos coletivos, fez questão de subscrever a garantia de que em maio esta medida “chegará a todos os portugueses”, lembrando que já a partir da próxima segunda-feira, 1 de abril, “85% da população portuguesa terá enormes descontos nos transportes públicos coletivos”.

Críticas de eleitoralismo ilustram “visão populista”

Também o presidente da Câmara Municipal do Porto, depois de considerar que os verdadeiros “pais do passe social único” e das medidas agora adotadas de redução do tarifário são o “Governo e as áreas metropolitanas”, rejeitou as críticas que nos últimos dias se têm feito ouvir sobre esta iniciativa, classificando-as de “eleitoralismo” e que mais não ilustram do que “uma visão populista de quem esteve distraído”.

Para Rui Moreira, estas críticas, para além de “eleitoralistas”, são deslocadas e resultam de quem “não entende sequer o alcance da medida”, porque, como acrescentou, “não tem mundo ou porque não é capaz de propor uma alternativa”.

O autarca fez questão de salientar que a significativa redução do preço dos passes sociais vai não só permitir “uma enorme poupança aos orçamentos familiares”, como é uma “alternativa política” importante do ponto de vista da “justiça social, ambiental e económica”, permitindo que as cidades passem a assumir um novo paradigma de “maiores competências em matéria de mobilidade”, para além de ter também a “virtude política”, como referiu, de “unir o Governo da República e municípios com grande diversidade económica e social, mobilizando autarcas eleitos por diferentes forças políticas”.