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Reconhecimento global de uma prioridade estratégica do país

Reconhecimento global de uma prioridade estratégica do país

O primeiro-ministro enalteceu em Paris o reconhecimento e a importância dada pela UNESCO à língua portuguesa salientando que esta era desde há muito “uma das prioridades” defendidas no âmbito da política externa nacional.

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Reconhecimento global de uma prioridade estratégica do país

Em declarações prestadas aos jornalistas no final da 40ª Conferência Geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que hoje, segunda-feira, teve lugar em Paris, o primeiro-ministro congratulou-se com o reconhecimento dado por esta organização das Nações Unidas à língua portuguesa, ao ter-lhe atribuído o dia 5 de maio como o Dia Mundial da Língua Portuguesa, uma proposta que, segundo António Costa, há muito que era defendida por Portugal no âmbito da estratégia da sua política externa.

A este propósito, o primeiro-ministro destacou que o português é uma língua falada “oficialmente em 9 países e em quatro continentes”, sendo ainda, como também referiu, a “quinta mais utilizada no espaço da internet”, para além de ser igualmente uma língua que tem vindo a assumir uma crescente importância nos “domínios cultural e científico”.

Para António Costa, que antes da Conferência teve ocasião de se reunir com a diretora da UNESCO, Audrey Azoulay, e com os embaixadores dos países da CPLP, o reconhecimento da língua nacional pela Unesco constitui “um passo importante” para tornar o português uma das línguas de trabalho desta organização da ONU, assim como uma nova porta que se abre para os 260 milhões de pessoas que têm o português como a língua oficial “mais falada no hemisfério Sul” e cuja dinâmica demográfica, como acrescentou, “vai ter um certo crescimento no final do século”.

Diversidade e universalidade

António Costa lembrou ainda que, se por um lado, o português “permite diferentes grafias”, por outro, em nenhum caso, se deve atribuir a Portugal a pertença da língua, salientando que se trata de uma língua que se tem “sabido adaptar a diferentes territórios onde tem evoluído”. E uma língua, como também destacou, que pertence a “muito mais pessoas no mundo do que só a nós, portugueses”, admitindo, por isso, que esta diversidade se traduza “em formas diversas de a escrever”.

Esta deslocação do primeiro-ministro a Paris, para além de assinalar a distinção à língua portuguesa, teve ainda como objetivo homenagear publicamente o artista plástico Manuel Cargaleiro, que hoje recebeu das mãos de António Costa a Ordem de Mérito Cultural, e da Câmara Municipal de Paris, a medalha Grand Vermeil, uma das maiores distinções que a cidade luz atribui e que já distinguiu também o realizador Manoel de Oliveira.