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Receita do Governo não funcionou

Receita do Governo não funcionou

António Costa considera que é preciso procurar uma nova receita para o país. Justifica, lembrando que os objetivos e as metas que o Governo se propôs alcançar falharam redondamente.

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Receita do Governo não funcionou

Intervindo no jantar promovido ontem à noite pelo grupo de debate “Portugal XXI”, em Lisboa, o Secretário-geral do PS aproveitou o momento para lembrar os fracassos do Governo e para garantir que o PS é uma alternativa de confiança.

Usando o documento do Governo com as metas para 2014, António Costa mostrou que “houve um desvio” dos resultados do Executivo em relação às metas a que se tinha proposto, quer no emprego e investimento, quer no défice e dívida”, concluindo que se a receita não funcionou “temos que procurar outra receita”.

O crescimento económico, disse o Secretário-geral do PS, está hoje 7% abaixo do previsto, o investimento 20% abaixo e muito atrás das metas propostas pela coligação, “para já não falar do défice e sobretudo da dívida que cresceu até aos 130% do PIB”.

Defendeu que as propostas do PS “são a alternativa” que o país precisa, com medidas sérias e estudadas “que se opõem à continuidade proposta pela coligação PSD/CDS-PP”. Uma continuidade, disse o líder socialista, que significaria “termos que esperar 20 anos para podermos regressar onde estávamos em 2011″.

Ouvir a coligação falar sobre o desemprego, a queda do investimento, sobre a dívida ou o défice das contas públicas, “dá a sensação de que estamos a ouvir um partido da oposição e não os responsáveis pelas políticas desastrosas destes últimos quatro anos”, ironizou ainda o Secretário-geral do PS.

Uma coligação que “não só assumiu o programa da troica como quis e foi além da troica”, defendeu o líder do PS, “tem de responder pelo presente estado da economia e pela quebra de qualidade de vida dos portugueses”, de pouco valendo a sua insistência em “querer desculpar-se com as imposições do programa da troica, que assumiu por inteiro”, ou com o passado “porque o que nos deixa hoje é muito pior”.