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Quando o silêncio vale ouro

Quando o silêncio vale ouro

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, aconselhou a líder do CDS a fazer “penitência”, lamentando que tivesse faltado à verdade quando acusa o atual Governo de não estar a aplicar devidamente os fundos comunitários disponíveis aos agricultores.

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Para o ministro Capoulas Santos, não é faltando à verdade ou sendo pouco ou nada objetiva em relação a um tema tão importante como são os fundos comunitários e a sua correta disponibilização para ajuda aos agricultores que um assunto com este peso e importância deve ser tratado, lembrando que foi o anterior Governo que deixou, em novembro de 2015, um “buraco financeiro” de cerca de 200 milhões de euros nas medidas agroambientais, quando a líder do CDS era a responsável pela pasta da Agricultura, “buraco que foi aliás reconhecido pela própria” e que, segundo o ministro, “está regularizado” e pertence já ao passado.

O ministro Capoulas Santos elencou depois os dados acerca dos apoios que estão a ser direcionados para o setor, referindo, nomeadamente, que neste momento estão contratados 19.109 projetos de investimento no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, aos quais corresponde “um apoio público superior a 1400 milhões de euro”, enquanto em dezembro de 2015, no tempo de Assunção Cristas, “apenas estavam contratados 0 (zero) projetos”, lembra o governante.

O ministro foi um pouco mais longe, lembrando que neste momento Portugal é o terceiro Estado-membro da União Europeia com “melhor execução do PDR”, garantindo que com o atual Governo “está retomado o investimento no regadio”, com a execução do Programa Nacional de Regadios, iniciativa, como aludiu, que se traduz numa “ampliação de 95 mil hectares de regadio”, através de um investimento público de 540 milhões de euros que “criará mais de 10.500 postos de trabalho permanente”, enquanto em novembro de 2015 a ampliação do regadio estava dada pelo anterior Governo “como concluída”.

Desespero político

Na opinião do ministro da Agricultura, as declarações da líder do CDS têm de ser enquadradas num ato de “desespero político” de quem se vê “diariamente confrontada com o sucesso de um setor de que o país se orgulha” e que em tudo contraria, como sustentou, a “política de terra queimada” que a deputada do CDS pratica.