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Portugal justifica uma reavaliação do rating da República

Portugal justifica uma reavaliação do rating da República

Não faz qualquer sentido que as agências de ‘rating’ mantenham a notação de Portugal “como se nada tivesse acontecido desde 2011” na situação económica e financeira do país, defendeu o primeiro-ministro, no final da cimeira entre Portugal e Espanha que decorreu em Vila Real.

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Portugal justifica uma reavaliação do rating da República

Para António Costa, é “manifesto” que o quadro económico e financeiro de Portugal é hoje totalmente diferente da situação que o país apresentava há seis anos, pelo que manter o ‘rating’ da República “como se nada tivesse acontecido” é para o primeiro-ministro, no mínimo, algo “que não faz sentido”.

E não faz sentido, como acentuou, porque hoje já quase todas as instituições internacionais, excetuando, ao que parece, as principais agências de rating, demonstram ter confiança na economia portuguesa, sendo disso exemplo, como realçou António Costa, a recente recomendação de Bruxelas para que Portugal saia do Procedimento por Défice Excessivo.

Portugal mostra hoje, lembra o primeiro-ministro, um ritmo de crescimento económico “muito acentuado” e apresenta um sistema financeiro “estabilizado”, com todos os sinais a mostrarem que o país, neste segundo trimestre de 2017, “vai acelerar outra vez” o seu crescimento económico, a exemplo do que já tinha sucedido no primeiro trimestre deste ano.

António Costa recorreu ainda às palavras proferidas esta manhã pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, que considerou que o desempenho económico de Portugal “merece uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira”, lembrando que o bom desempenho da sua economia proporcionou a Portugal ter saído do PDE.

Liderança do Eurogrupo

O primeiro-ministro abordou ainda nesta sua intervenção no final da cimeira ibérica, em Vila Real, que uma eventual presidência do Eurogrupo pelo ministro Mário Centeno não o retiraria do seu Ministério, lembrando que as regras europeias obrigam a que “seja um governante a presidir a esta entidade”.

António Costa relembrou que o titular da pasta das Finanças já afirmou que se a questão se vier a colocar “mostrará a sua disponibilidade para ocupar o cargo” na liderança das reuniões de ministros da zona euro, sustentando, contudo, que o importante “é que haja no caso ibérico uma visão coincidente dos interesses e do futuro da zona euro”, com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, a responder sobre um eventual apoio de Madrid a uma candidatura portuguesa que a Espanha “sempre preferiu os amigos aos desconhecidos”.