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PS teme “chapeladas” da maioria no voto dos emigrantes

PS teme “chapeladas” da maioria no voto dos emigrantes

O deputado socialista Paulo Pisco acusou ontem a maioria de estar a promover a possibilidade de uma “chapelada” no voto dos emigrantes ao abrir a possibilidade de estes entregarem os seus votos nos serviços consulares das respetivas áreas de residência.

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PS teme “chapeladas” da maioria no voto dos emigrantes

A suspeita foi levantada durante o debate parlamentar sobre os projetos de lei do PS e do PSD/CDS com vista ao encurtamento dos prazos da lei eleitoral para Assembleia da República, que acabou por ter um amplo consenso entre os três maiores partidos, contando também com a concordância do Bloco de Esquerda.

Contudo, a discórdia instalou-se em relação ao ponto do projeto da maioria propondo que os emigrantes passem a poder entregar o seu voto em 250 consulados, além de o poderem enviar diretamente por correio.

Paulo Pisco considera que, se for concretizada essa abertura, seria “impossível garantir o controlo, o rigor e a fiabilidade do ato eleitoral”, permitindo a prática de “chapeladas” eleitorais.

“São verdadeiras chapeladas. O voto presencial, que não o é, é uma forma de ganhar vantagem em círculos eleitorais”, acusou.

O deputado deu o exemplo de um caso ocorrido em Belém do Pará, no Brasil, onde o PSD obteve uma votação acima dos 300 votos, estranhamente muito acima da votação obtida em outros estados brasileiros.