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PS não recuou nem recuará na defesa do SNS público e universal

PS não recuou nem recuará na defesa do SNS público e universal

É um dos temas quentes da atualidade política em Portugal: a discussão da lei de Bases da Saúde, tema que o Secretário-geral do PS, António Costa, voltou a abordar, desta vez num artigo de opinião publicado na imprensa, alertando que o país não pode agora perder a oportunidade de “avançar” com uma nova lei de Bases da Saúde que “ponha termo à atual” aprovada em 1990 pela direita.

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PS não recuou nem recuará na defesa do SNS público e universal

Isto mesmo foi defendido pela Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, que ontem em Braga, nas comemorações do 1º de maio da UGT, garantiu que o PS sempre se manteve fiel e coerente na defesa intransigente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “público, universal e tendencialmente gratuito” como “espinha dorsal, não deixando de abrir a porta com “caráter supletivo” e “temporário” às parcerias público-privadas na Saúde.

Citando o artigo de opinião do primeiro-ministro, Ana Catarina Mendes fez questão de alertar os mais distraídos para a missiva do líder socialista, em que António Costa, como assinalou, realça precisamente a posição clara e coerente do partido, garantindo que o PS não recuou em relação às posições que sempre defendeu sobre o SNS, recordando que os comunistas “sempre disseram estar contra as parcerias público-privadas”, enquanto o BE “disse sempre que aceitava as atuais e que estaria contra novas PPP”.

Para Ana Catarina Mendes, não se pode olhar para o SNS apenas com um olhar ideológico e longe da realidade dos factos, porque se se pretende realmente fortalecer sustentadamente o serviço público de saúde, o país tem de dar resposta à questão de como o SNS deve ser “capitalizado de meios humanos e financeiros”, recomendando aos bloquistas que se lembrem, quando a Lei de Bases da Saúde for discutida no Parlamento, do “ataque sem precedentes que foi feito ao SNS em Portugal pelo anterior Governo” da direita.

Quanto às acusações do líder do maior partido da oposição, de que o PS se “acobarda” perante sindicatos com maior poder reivindicativo, Ana Catarina Mendes repudiou a crítica, não sem antes ter apelado à memória para lembrar que os portugueses não se esquecem do “desprezo total” do PSD e do CDS pelos sindicatos, ao longo dos quatro anos em que a direita esteve no poder, e do desdém que mantiveram nesse período pela concertação social.

A dirigente socialista garantiu, pelo contrário, que o PS continua a “valorizar cada um dos trabalhadores e o sindicalismo em Portugal”, realçando que foi com o atual Governo do PS que a negociação coletiva “voltou ser uma realidade”.