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PS exalta “velha ética republicana” dos parlamentares mortos na Grande Guerra

PS exalta “velha ética republicana” dos parlamentares mortos na Grande Guerra

A Assembleia da República homenageou hoje os parlamentares mortos na I Guerra Mundial, descerrando uma placa comemorativa em honra de João Francisco de Sousa, José Afonso Palla e José Botelho de Carvalho Araújo. A homenagem resulta de uma iniciativa do Grupo Parlamentar do PS aprovada por unanimidade no Parlamento.

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PS exalta “velha ética republicana” dos parlamentares mortos na Grande Guerra

A placa, que foi desenhada pelo deputado socialista e arquiteto Luís Vilhena, é um “símbolo que só pode orgulhar a história do parlamentarismo português”, já que está a “homenagear três cidadãos que, tendo a honra de servir Portugal como parlamentares da primeira República – senadores e deputados –, abdicaram de invocar o estatuto parlamentar que naturalmente conferia o direito ao exercício desses mesmos mandatos para partilharem com o povo português e com os seus camaradas do Exército e da Armada das necessárias mobilizações militares ditadas pelo desencadear da Grande Guerra”, referiu o deputado do PS Diogo Leão, a quem coube fazer a intervenção na cerimónia presidida pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

“Cabe-nos relevar o exemplo de abnegação, de coragem, de bravura e de compromisso dos parlamentares com o destino coletivo do país”, defendeu Diogo Leão.

Questionando qual o significado simbólico do somatório dos atos de João Francisco de Sousa, José Afonso Palla e José Botelho de Carvalho Araújo, passados mais de cem anos, o socialista frisou a “velha ética republicana”, que “não permite a um cidadão proteger-se através de uma honraria ou privilégio, ou ainda da sua influência e estatuto para se imiscuir ao cumprimento de um dever”.

Diogo Leão não deixou de reconhecer “o papel de todos os Grupos Parlamentares, que unanimemente aprovaram esta iniciativa” do Partido Socialista.

“Espero que esta placa comemorativa não se limite a envelhecer muda, calada e só, num sono perpétuo e imperturbável nesta já venerável parede do átrio principal da Assembleia”, apontou o parlamentar, que explicou que “tão importante como o cultivar da memória é desejar que, através do exemplo destes três parlamentares, tanto atuais e futuros deputados à Assembleia da República como os funcionários parlamentares encontrem inspiração, firmeza, coragem e ética para prosseguir o bom trabalho quotidiano em prol do bem comum”.