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PS enaltece desempenho do SNS e critica quem o queria privatizar

PS enaltece desempenho do SNS e critica quem o queria privatizar

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Hortense Martins elogiou hoje o trabalho do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no combate à pandemia por Covid-19, que tem sido “referência internacional”, algo que considera “justo”, e agradeceu ao Governo por não ter poupado meios para responder a esta doença.

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PS enaltece desempenho do SNS e critica quem o queria privatizar

“Hoje o Grupo Parlamentar do Partido Socialista quer aqui enaltecer o Serviço Nacional de Saúde, que aliás tem sido referência internacional por todo o mundo, o que é muito justo”, frisou a deputada, no Parlamento, durante o debate quinzenal com a presença do primeiro-ministro, explicando que os bons resultados que o país tem alcançado se devem à existência de um SNS “forte, preparado, um instrumento de combate às desigualdades e com bons e dedicados profissionais”.

Para além de saudar todos os profissionais de saúde, Hortense Martins referiu o Governo liderado por António Costa, “que não poupou meios para robustecer a resposta a esta pandemia e salvar vidas”.

A deputada do PS deixou depois um aviso: “Estavam errados aqueles que queriam privatizar, e querem privatizar, o Serviço Nacional de Saúde”. E está certo o Partido Socialista que sempre quis “continuar este caminho de reforçar” o SNS “com mais recursos e melhorando o seu desempenho ao longo dos anos”, vincou.

Hortense Martins recordou que “enquanto a direita cortou 825 milhões de euros” na saúde, o Governo do PS investiu “mais 2.400 milhões de euros desde a anterior legislatura”, continuando o investimento no Orçamento do Estado para 2020, “que certamente será refletido no novo Orçamento Suplementar”.

Para que o Serviço Nacional de Saúde se pudesse reinventar nesta altura de pandemia, foi preciso “garantir a existência de recursos humanos e materiais adequados a esta situação, reforçar a aquisição de medicamentos e equipamentos de proteção individual, de testes de diagnóstico e mesmo de ventiladores, reforçando a medicina intensiva”, sublinhou a socialista, que apontou ainda a hospitalização domiciliária, que “constava já do programa do Partido Socialista”, como “uma das chaves para o sucesso no combate a esta pandemia e evitar a rutura”.

Hortense Martins destacou também que “Portugal é hoje o quarto país que mais testa [a Covid-19], com cerca de 55 mil testes por dia”. No início da pandemia só o Instituto Ricardo Jorge realizava testes, mas “hoje temos com capacidade laboratorial 32 laboratórios públicos, para além dos laboratórios sociais e privados”.

“Adquirimos milhares de equipamentos de proteção individual e a porta de entrada do SNS, a linha de Saúde 24, tinha dificuldades no início com 12% de atendimentos, e hoje tem uma taxa de atendimento de 98%. A linha de aconselhamento psicológico tem apoiado milhares de profissionais”, exemplificou. Ou seja, “tudo o que foi clinicamente considerado prioritário foi feito”, congratulou-se.

Hortense Martins, que deixou a garantia que o Partido Socialista vai continuar a apoiar o desígnio de “reforçar a prestação de cuidados de saúde aos portugueses”, assegurou que o plano de vacinação em Portugal é um “fator chave” para haver no país uma das “mais baixas taxas de mortalidade do mundo”.

“Muito aconteceu neste país, neste Portugal que se soube reinventar e que soube responder a um desafio único, novo e desconhecido. E vencemos e estamos a vencer este desafio. Ainda não acabou, mas estamos certos que vamos continuar a trabalhar nesse sentido”, concluiu a vice-presidente da bancada socialista.

Proposta da França e Alemanha é uma “luz ao fundo do túnel” na resposta europeia

O deputado Miguel Matos, por seu lado, defendeu hoje, no Parlamento, que a proposta franco-alemã para a resposta europeia à pandemia de Covid-19 está “à altura do desafio”, sublinhando que as regiões e os setores mais afetados beneficiarão de mais apoio.

O socialista, que começou por advertir que o choque provocado pelo Covid-19 foi “simétrico”, alertou que “a crise que aí vem terá impactos muito assimétricos e desiguais, afetando desproporcionalmente algumas regiões, setores, classes e também as gerações mais jovens”.

Por isso, “temos de estar à altura do desafio do momento”, não só os Estados, mas também a União Europeia, que “tem de evitar a tibieza que na anterior crise abortou a recuperação económica e contagiou toda a Europa com austeridade e crise”. “Estamos a vencer o desafio da pandemia, mas vamos agora enfrentar uma crise económica e social sem precedentes”, avisou durante o debate quinzenal com a presença do primeiro-ministro.

Os portugueses e o Estado português “têm feito a sua parte”, mas precisamos de respostas a nível europeu, até porque “não podemos aceitar desigualdades também na capacidade de resposta”. Miguel Matos frisou que precisamos “de coordenar e apoiar-nos mutuamente na recuperação económica”, protegendo o emprego e apoiando o rendimento, e, sobretudo, concretizando “um novo Plano Marshall com investimento público para vencer o desafio digital e a crise climática”.

“Se alguns persistem numa lógica frugal e moralista, tão desadequada neste contexto pandémico, vemos agora alguma luz ao fundo do túnel com a iniciativa do Presidente francês e da Chanceler Merkel”, referiu o socialista.

A proposta franco-alemã significa “500 mil milhões reais, sem recorrer a engenharia financeira e multiplicadores duvidosos que o Parlamento Europeu, em boa hora, soube recusar”, congratulou-se.

Este montante será dado “em subvenções e não emprestado, o que contribuiria para onerar as finanças públicas e atrasar a recuperação económica”, explicou o deputado, que considerou que “a melhor característica desta proposta é a sua natureza direcionada, reconhecendo que as regiões e os setores mais afetados precisarão de maior apoio para que consigamos igualdade na capacidade de resposta em toda a Europa”.