home

PS é a força do equilíbrio e do diálogo em Portugal

PS é a força do equilíbrio e do diálogo em Portugal

Perante 1200 militantes e simpatizantes, o Secretário-geral afirmou que o PS tem sido, é e será um fator de equilíbrio e diálogo na sociedade portuguesa.Em presença de 12 fundadores, a quem saudou, um por um, António Costa manifestou “orgulho de toda a história do PS”, que “nos honra todos os dias, desde a liderança do nosso saudoso camarada Mário Soares à liderança do nosso camarada António José Seguro.

Notícia publicada por:

PS é a força do equilíbrio e do diálogo em Portugal

No discurso que proferiu no jantar comemorativo do 45º aniversário do Partido Socialista, realizado junto ao Cristo Rei, em Almada, António Costa congratulou-se pela capacidade que o PS tem evidenciado para dialogar e construir consensos no espectro político nacional, visando servir a democracia e o país.
Na ocasião, o líder socialista apontou que, desde que o atual executivo iniciou funções, em novembro de 2015, teve como preocupação central adotar uma combinação de políticas de avanços sociais e de consolidação das finanças públicas.
Sintetizando a linha seguida pelo seu Governo, Costa disse que teve o cuidado e a prudência de “não dar um passo a mais para um lado que desequilibre o outro lado; não estender a mão mais para ali para depois ficarmos com um problema aqui”.
“Temos de dar força ao PS, porque é o fator de equilíbrio, de diálogo, de consenso, de mobilização e de unidade do conjunto da sociedade portuguesa”, vincou, convocando militantes e simpatizantes para darem força ao PS, “porque este campeonato ainda não chegou ao fim”.
Congratulando-se com o acordo político alcançado no dia 18, o Secretário-geral referiu que este vai permitir ao Governo desbloquear aquilo que apresentou desde a primeira hora como a pedra angular da reforma de Estado: a descentralização.
“Graças ao acordo com o PSD, vamos poder cumprir o nosso compromisso para com os portugueses de reforçar as competências das freguesias e dos municípios”, reforçou, insistindo no caráter vital de termos o poder mais próximo das pessoas, tornando-o “mais transparente, mais controlado e, sobretudo, mais eficiente”.
Antes, António Costa valorizou o paradigma de esquerda ao nível da ação governativa que permitiu chegar a bom porto.
“Temos muito orgulho na excelência da nossa gestão orçamental, na trajetória da nossa política económica e, também, nas medidas de reposição do Estado Social”, declarou.
Mas, ressalvou, “temos muito orgulho nas metas do défice e do crescimento, mas tenho muito mais orgulho naquilo que são os números concretos das pessoas”.
Neste sentido, o líder do PS reivindicou que o seu Executivo, em dois anos e meio, tirou “80 mil pessoas da pobreza”, cerca 130 mil crianças passaram a beneficiar de um abono de família superior e 288 mil portugueses encontraram emprego.
“Acrescento que cerca de 2,8 milhões de portugueses viram as suas pensões recuperadas e atualizadas”, completou.

Solução estável, que funciona e cumpre compromissos

Depois, defendeu que o Governo socialista derrubou o mito da direita de que a competitividade económica se faz com baixos salários e fragilização dos direitos laborais, frisando que o salário mínimo nacional vai voltar a aumentar em 2019.
E lembrou que o seu Governo, quando foi formado, “teve de derrubar muros, tabus e mitos instalados” na política portuguesa, o primeiro dos quais de que era impossível um executivo suportado por uma maioria de esquerda.
“Dois anos e meio depois, a solução é estável, funciona e, sobretudo, cumpriu os compromissos com os portugueses”, referiu.
António Costa defendeu ainda que o seu Governo, ao fim de dois anos e meio, “demonstrou que é possível sair das políticas de austeridade, fazendo uma boa gestão orçamental” e, por outro lado, “acabou com o complexo do bom aluno” que “está sempre em silêncio” perante a União Europeia.
Neste ponto, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro invocou a tradição universalista do partido fundado na República Federal Alemã, em 1973, mas também outros socialistas portugueses que assumem altos cargos internacionais, como António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.