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PS deve ganhar o desafio de pensar estrategicamente o país a prazo

PS deve ganhar o desafio de pensar estrategicamente o país a prazo

O PS, como grande partido nacional, tem de pensar “estrategicamente o país a prazo”, defendeu o Secretário-geral, António Costa, numa reunião com militantes, lembrando que o “sucesso do Governo” que lidera foi alcançado graças ao cuidado que houve em preparar bem a governação.

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PS deve ganhar o desafio de pensar estrategicamente o país a prazo

O desafio, para que o partido pense e promova a prazo uma estratégica consistente para Portugal, foi lançado este fim de semana em Torres Novas, distrito de Santarém, pelo Secretário-geral, António Costa, durante um encontro com militantes no Teatro Virgínia, reunião que teve como principal objetivo receber os vários contributos dos militantes socialistas para a moção política que o líder do PS vai apresentar ao próximo Congresso Nacional, intitulada “Geração 20/30”, agendado para os dias 25, 26 e 27 de maio no concelho da Batalha, distrito de Leiria.
Para o líder socialista, este é o momento certo para que o PS, os seus militantes e simpatizantes comecem a preparar, desde já, “o próximo ciclo”, que será marcado, em 2019, como lembrou, por eleições para o Parlamento Europeu, Assembleia da República e legislativas da Região Autónoma da Madeira.
Manifestando satisfação pelos muitos contributos recebidos para as quatro áreas designadas como estratégicas da sua moção política – alterações climáticas, sociedade digital, desafio demográfico e combate às desigualdades – por parte do grande número de militantes que marcaram presença neste encontro em Torres Novas, António Costa voltou a repetir o que antes já a coordenadora global da sua moção, Mariana Vieira da Silva, já tinha afirmado, de que se “hoje podemos continuar a dizer com orgulho que continuamos a cumprir com todos os compromissos que assumimos com os portugueses, é porque tivemos o cuidado de preparar bem a nossa governação”.
O secretário-geral socialista não deixou, contudo, de lembrar algumas das críticas que o Governo recebeu quando apresentou na última campanha eleitoral o quadro macroeconómico, críticas que o obrigaram na altura, como recordou, a ter de explicar as opções tomadas pelo Governo.
Reconhecendo que o caminho nem sempre tem sido fácil, tendo mesmo detetado “alguns dissabores” e obstáculos, que foi necessário saber ultrapassar, António Costa sustentou, contudo, que “olhando para trás”, esta caminhada, tanto do Governo, como do partido, tem “sido sólida” e consistente, permitindo, a um e a outro, cumprir “com tudo aquilo que se prometeu”, e, simultaneamente, como aludiu, alcançar o maior crescimento económico desde o início do século, “a maior redução do desemprego das últimas décadas e o mais baixo défice das contas públicas da democracia portuguesa”.

Fazer as contas certas
Um sucesso que o líder socialista atribuiu ao facto de se “terem feito primeiro as contas certas”, o que permitiu, desde logo, como realçou, que se tivesse “cumprido com o que se prometeu”, uma realidade que, na opinião do Secretário-geral do PS, pode e deve ser reforçada com novas e inovadores propostas que disse esperar possam ser apresentadas no próximo Congresso, pedindo que o contributo dos militantes não seja gasto “80% do tempo a dizer como o Governo é excelente e apenas 20% a sublinhar o que o Governo ainda não fez”, mas antes que se aproveite o tempo para olhar para as “grandes questões estratégicas que se colocam ao país, tanto a médio como a longo prazo”.
Para António Costa, que volta a ser candidato a Secretário-geral do PS, o momento para aprovar o programa eleitoral do partido às eleições legislativas, que deverão ocorrer em setembro ou outubro de 2019, só deverá ter lugar “numa convenção a realizar em junho ou julho”, iniciativa que será antecedida, como lembrou, de uma outra, em janeiro, “especificamente dedicada ao futuro da Europa”, para preparar a candidatura às eleições europeias de março.